A consignação da obra de modernização do Fórum
Municipal Luísa Todi, realizada a 15 de setembro de 2011, durante as
comemorações do Dia da Cidade, marca o arranque da fase final da
intervenção, com conclusão prevista para o primeiro trimestre de
2012.
No lançamento oficial da última fase da operação de requalificação
da principal sala de espetáculos do Concelho, a presidente da Câmara
Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, destacou a importância
desta obra estruturante para o Concelho. “Vamos ter um Fórum
Luísa Todi renovado e ampliado, para que Setúbal volte a estar no
roteiro dos grandes espetáculos que percorrem o País.”
A “Ampliação e Modernização do Fórum Municipal Luísa Todi”, projeto
do ReSet – Programa de Regeneração Urbana do Centro Histórico de
Setúbal, foi atribuído à empresa Alexandre Barbosa Borges (ABB),
S.A. pelo valor de 4 milhões, 279 mil e 461,71 euros, que dispõe de
um prazo máximo de execução de sete meses.
“O valor final da adjudicação fica bastante abaixo dos cinco
milhões e 830 mil euros previstos no caderno de encargos, o que
representa, desde logo, uma importante economia de recursos para a
Autarquia”, vincou a autarca.
História
O “Luísa Todi” foi inaugurado em 24 de julho de 1960 e propriedade
da Câmara Municipal é desde 1990, preparando-se para viver uma nova
vida, depois de um percurso histórico conturbado.
O espaço sucedeu ao Cine-Teatro Luísa Todi que, por sua vez,
substituiu o Teatro Rainha D. Amélia, edifício do final do século
XIX, considerado uma joia da arquitetura de interiores e um marco da
história teatral local e nacional.
Após a implantação da República, o Teatro D. Amélia, em 1911, passou
a designar-se Teatro Avenida. O edifício degradou-se e, em 1915, a
Academia Sinfónica de Setúbal, instalada no equipamento, rebatizou-o
de “Luísa Todi”.
Em Maio de 1918, depois de um período de encerramento, o “Luísa
Todi” reabriu modernizado com eletricidade e transformou-se, desse
modo, num equipamento adaptado a cinema: um cine-teatro.
O espaço entrou em fase de decadência e passou por diferentes
proprietários, até que, adquirido pela Companhia União Fabril, foi
demolido para se construir o edifício atual, de traça modernista por
oposição à antiga sala, de inspiração italiana.
O imóvel, desenhado pelo arquiteto Fernando Silva, começou a ser
erguido em 1958. Foi inaugurado dois anos depois numa cerimónia com
a presença de figuras cimeiras do Estado Novo – Américo Tomás, então
chefe de Estado, que presidiu ao ato, e o cardeal Cerejeira.
Trinta anos depois, o equipamento cultural foi adquirido pela Câmara
Municipal, sendo palco de uma atividade cultural intensa e
diversificada.