Forte de Albarquel

Séc. XVII

Por ordem do rei D. João IV (1640-1656), começa a ser projetada, em 1642, a construção do Forte de Albarquel, iniciando-se a obra no ano seguinte (1643) a qual terminou já no reinado de Pedro II de Portugal (1683-1706).

Este forte visava o reforço da capacidade de fogo da Fortaleza de S. Filipe e, estava integrado na estratégia de defesa militar do reino na proteção da barra de Setúbal.

O Forte de Albarquel foi desartilhado em 1883. Na primeira metade do século XX veio a ser construída nos terrenos adjacentes, uma fortificação subterrânea, dotada de casernas, depósito de água, paióis e central elétrica, com dispositivo de camuflagem e três canhões Krupp, de 150mm. A unidade incorporava até 1999, a 8.ª Bataria do extinto Regimento de Artilharia da Costa, do Exército Português.

A 21 de junho de 2001, inicia-se o processo de desafetação do domínio público militar do Forte de Albarquel, bem como de uma parcela de terreno inserida no domínio público hídrico, permitindo a posterior cedência de utilização do imóvel à Câmara Municipal de Setúbal que dele tomou posse, em 2015.

Seguiu-se a respetiva recuperação e requalificação como núcleo museológico, adequando-o igualmente à realização de atividades culturais, de apoio turístico e de sensibilização ambiental.

ARQUITETURA

O Forte de Albarquel, corresponde ao paradigma de arquitetura militar seiscentista portuguesa do período. Trata-se de uma construção fortificada de planta trapezoidal, com um edifício de dois andares. Esta edificação possuía ainda um pequeno baluarte no vértice a sudeste e uma guarita a sul.

O forte apresenta-se com “estilo chão”, que se caracteriza pelo despojo decorativo, tipo de construção sóbria e imponente, de feição militar. Dos poucos adornos do edifício destacam-se os frisos, os entablamentos, as gárgulas e o pormenor da escadaria exterior.

No interior, as coberturas são em abóbada e em plano direito.