• Garantir condições mínimas de conservação física da documentação
• Organizar e inventariar a documentação do arquivo
• Enquadrar e regulamentar o sistema de arquivo da instituição, por forma a torná-lo aplicável às diversas fases do percurso arquivístico – arquivo corrente, intermédio e histórico
• Incorporar arquivos em fase intermédia e histórica, dispersos por outros serviços no município
• Criar condições de acesso ao arquivo
• Abrir o arquivo ao público
• Aprofundar instrumentos de descrição e pesquisa
• Divulgar o património arquivístico da instituição
• Assegurar o enriquecimento do espólio do arquivo
Arquivo em multimédia
Serviços Disponibilizados
Internet
O Arquivo Municipal de Setúbal acompanha a evolução dos tempos e marca presença na Internet, onde coloca à disponibilização dos cidadãos um volume assinalável de conteúdos que preenchem parte da história do concelho, numa base de dados constituída, atualmente, por mais de 13 mil imagens.
A documentação ou registos mais significativos na versão digital do Arquivo Municipal é:
- Livros de cemitérios
Fonte de informação bastante importante para a história local, pelos dados demográficos, sociais, económicos e de saúde publica (estão publicadas as inumações da gripe pneumónica de 1918/1919) e os óbitos de figuras e de acontecimentos importantes, como do Calafate e o assassinato de Mariana Torres - Fundo Administração do Concelho
Livros de registo de testamentos - Funções militares | Registos militares
Importante fonte de informação pelos dados demográficos, sociais e económicos, incluindo registos militares de portugueses que ingressaram na II Guerra Mundial - Fundo Quebedo
Com a data de produção inicial situada entre 1545 e final em 1858, este fundo assenta na Família Quebedo, uma das mais célebres famílias setubalenses tendo sempre estado ligada às cortes, às leis e às letras - Atas municipais
Das reuniões públicas da Câmara Municipal de Setúbal, entre 1950 e 1960
O Arquivo Municipal de Setúbal vai integrar, igualmente, o acervo digital do Arquivo Américo Ribeiro, o que facilitará, em breve, um conjunto significativo de imagens online captadas por um dos principais fotógrafos que registaram a evolução do concelho ao longo do século XX.
Espaço Físico
O Arquivo Municipal disponibiliza uma Sala de Leitura com a capacidade de receção simultânea de quatro leitores e apoio serviço de assistência prestado por um funcionário.
Os utentes podem aceder a toda a documentação de cariz público, de acordo com a moldura legal vigente.
Foi criado um centro de documentação de apoio ao investigador, no qual se encontram obras que visam incentivar o estudo da história local e a interpretação dos documentos de arquivos que estão disponíveis para consulta.
O Arquivo Municipal disponibiliza apoio técnico a todas as pessoas singulares e coletivas, visando a conservação e divulgação da documentação.
O Arquivo Municipal desenvolve protocolos com o objetivo de preservar e divulgar a documentação, seja na receção de documentação, seja no apoio à conservação dos espécimes, sob contrapartida da sua divulgação e inventário.
Este serviço da autarquia pretende incrementar junto dos proprietários e produtores de documentação a consciência de que são detentores de um património relevante para o estudo da história local e nacional.
O Arquivo Municipal faculta um serviço de reprodução de documentos, de acordo com a tabela de taxas e licenças em vigor.
Este serviço aplica-se a todos os documentos do fundo do arquivo autárquico, com exceção dos que, fruto da importância histórica que representam, a integridade seja colocada em causa devido as técnicas de reprodução disponíveis.
Serviço Educativo
No âmbito da função social, cultural e educativa que o Arquivo Municipal serve, foi criado o Serviço Educativo, a funcionar há 10 anos e que conta com um projeto denominado de AnimArq, que tem como objetivo divulgar a missão, as funções e o acervo documental do património de Setúbal.
O projeto é constituído por várias atividades, oficinas e exposições, com o intuito de incentivar a curiosidade intelectual sobre o património local e a história do mesmo, dando a oportunidade aos participantes de serem agentes ativos e empenhados, tanto na construção dos próprios conhecimentos como na participação cívica de forma live, responsável e crítica.
Atividades Culturais e Educativas
Pré-escolar
- Oficina de Carimbos
Mostra a importância dos carimbos/chancelas na oficialização dos diversos documentos e divulga o espólio arquivístico de carimbos e chancelas. É contada uma pequena história da evolução do carimbo e a sua utilização ao longo dos tempos. As crianças têm contacto com os carimbos da autarquia e têm a oportunidade de realizar um carimbo, onde cada um escolhe a sua marca pessoal
Pré-escolar e 1.º Ciclo do Ensino Básico
- Vamos ser Arquivistas por um dia
Divulga a seleção dos objetos necessários para o trabalho de arquivista e dá a conhecer o trabalho realizado diariamente no arquivo. No Kit do Arquivista podemos encontrar uma caixa com as ferramentas necessárias para se poder tratar de um documento: luvas de algodão, máscara individual, lupa e pincel. Os alunos têm contactos com todos os materiais a fim de observarem, experimentarem e debaterem a função de cada um. Atividade com componente prática, onde os alunos se transformam em verdadeiros arquivistas e elaboram o seu tabuleiro de limpeza de documentos com todo o kit - A fotografia como um documento
Descoberta da fotografia enquanto documento e como uma fonte para o conhecimento de épocas passadas. A análise da fotografia pretende introduzir o estudo da história local como forma de desenvolver um sentido de pertença e demonstrar a importância da partilha. É realizada uma apresentação que explica a importância da fotografia e serão distribuídos postais/fotografias de Setúbal, a partir dos quais as crianças podem criar os seus ambientes imaginários. Os participantes têm a oportunidade de executar puzzles através de imagens de arquivo e construir um pequeno livro/álbum, inventando uma história animada através de imagens do “antes” e “depois” da cidade, pertencentes ao Arquivo. - A pequena Arquivista e o curioso caso do menino que nunca nasceu – Dramatização da história/ Teatro Fantoches
- Dia Internacional dos Arquivos – 9 de junho
- Visitas guiadas/orientadas
“Vem descobrir o Mar de Documentos do Arquivo Municipal”
O Arquivo Municipal de Setúbal é detentor de um vasto e rico património documental representativo da identidade cultural do povo Setubalense. Na visita ao Arquivo Municipal, os alunos ouvem uma breve história acerca do mesmo e aprendem a distinguir a informação conservada e tratada nos Arquivos da informação das Bibliotecas e Museus. O circuito documental e o circuito do utilizador serão temáticas abordadas na visita
“Visitas ao Edifício dos Paços do Concelho e Arquivo Municipal“
Os alunos visitam diferentes áreas dos Paços do Concelho, como as salas do Município e de Sessões, o Salão Nobre, o próprio Arquivo Municipal e participam na encenação de uma Reunião de Câmara. Durante a visita é evidenciada a importância do arquivo, sensibilizando os alunos para os cuidados a ter com os livros e documentos, a importância de se salvaguardar a informação e como o conhecimento desses documentos é essencial para se conhecer melhor o nosso concelho.
3.º e 4.º anos do 1º Ciclo do Ensino Básico
- Projeto AnimArq – O arquivo municipal vai à tua escola
O projeto AnimArq é um projeto que se desloca até à escola e conta com cinco temáticas, desenvolvidas através de dinâmicas de grupo de âmbito pedagógico. Têm como principal objetivo a sensibilização para a preservação do património documental setubalense e aproximação do arquivo à escola. As temáticas que compõem este projeto são: À descoberta do Arquivo Temática; O Arquivista; A fotografia como um documento; Setúbal tem Foral Temática; À descoberta de Bocage, Luísa Todi ou Calafate pelos documentos de arquivo - Cria a tua Árvore Genealógica – Árvore de família
A Genealogia é uma ciência que estuda a origem, a evolução e o desenvolvimento das famílias e seus nomes, sendo considerada o “estudo do parentesco”. Após uma breve explicação do tema e da sua ligação ao arquivo, os alunos elaboram a sua árvore genealógica, desenhando e completando informações relativas aos seus parentes. - O Brasão de Setúbal – História e Símbolos
A heráldica é ciência que estuda os brasões e, como tal, dá a conhecer aos mais jovens a simbologia e a importância da heráldica municipal (freguesias e concelho). No decorrer da atividade aos alunos têm a oportunidade de ouvir uma história sobre o Rei Artur e, posteriormente, desenharem o próprio brasão, bem como fazer um puzzle sobre o brasão da cidade - Era uma vez… uma pequena Arquivista (criação de fantoches)
Atividade baseada no livro infanto-juvenil “A Pequena Arquivista e o curioso caso do menino que nunca nasceu”, de Juliana Kirehhof e ilustrações de Mariana Basqueira. Esta atividade consiste em contar a história do livro, seguida de conversa com o objetivo de envolver os alunos e identificar/reconhecer as personagens e situações da história. No final, os alunos são convidados a criarem a sua própria personagem a fim de estimular a imaginação - Rota dos Baluartes (percurso)
Setúbal possui doze baluartes e um meio baluarte. Através do “Mapa Itinerário da Rota” e dos “Diários de Bordo/Cadernos de Campo”, as crianças registam todas as descobertas acerca dos baluartes de Setúbal. Esta atividade termina no contexto de sala de aula com a atividade “Viagem no tempo, faz, cria e diverte-te. Constrói o teu Baluarte”, onde cada criança tem a oportunidade de construir o próprio baluarte com acesso aos documentos de arquivo (documentos cartográficos) - Na Rota do Documento – 25 de Abril de 1974 (percurso)
A importância do património documental em Setúbal numa vertente educacional, estimulado a partir de um percurso/itinerário documental. Para que haja uma maior interação entre os três intervenientes deste processo – quem orienta, alunos e professores – o percurso da rota desenrola-se através de frases, imagens, objetos e espécimes documentais para os alunos chegarem aos locais e documentos que se pretendem mostrar. Analisam-se os acontecimentos do dia 25 de Abril de 1974, com recurso aos documentos do Arquivo e visitam-se edifícios com importância histórica nesta data - À descoberta do património Manuelino – Rota do Manuelino em Setúbal (percurso)
Por entre portas, muitas ruas e algumas travessas, Setúbal é guardiã de entradas que são verdadeiros portais do Tempo. Os alunos ficam a conhecer o conteúdo do Foral, em particular a parte que descreve a vida quotidiana em Setúbal. São distribuídos “Mapa Itinerário da Caminhada do Foral” e “Diários de Bordo/Cadernos de Campo” aos alunos com atividades lúdico-pedagógicas. Algumas das atividades terminam em contexto de sala de aula. - Dia da Elevação de Setúbal a Cidade – 19 de abril
Data simbólica para o município, quando Setúbal passou de vila a cidade. Percurso realizado através dos documentos de arquivo. As rotas e património documental, bem como a cultura, história e a memória coletiva das suas gentes, têm um lugar de destaque. Este dia é assinalado com atividades práticas destinadas aos mais pequenos, como “Retratos da história de Setúbal” e “Setúbal vista à lupa”
Ensino Secundário | Cursos técnico-profissionais | Ensino Superior
- Visitas guiadas
- Exposições itinerantes
Oficinas lúdico-pedagógicas | Pausas letivas (6 aos 12 anos)
Nas pausas letivas, o Arquivo dinamiza oficinas de Natal, Dia dos Reis, Carnaval, Páscoa, Férias de Verão com atividades de acordo com cada uma das festividades.
Máximo de 15 participantes
Exposições itinerantes
Agendamentos durante o ano letivo (no ato da marcação será acordado o dia de montagem e da desmontagem da exposição), podendo ser requisitadas pelas escolas ou outras instituições. Mostras disponíveis: “Bocage, Setubalense – Registo do homem e do seu tempo”; “500 Anos do Foral Manuelino de Setúbal 1514 – 2014”; “Setúbal e os Impactos do Conflito da Grande Guerra”
Enquadramento histórico
A história do Arquivo Municipal de Setúbal não é dissociável da atividade municipal e do espaço onde a mesma se desenrolou.
Com o incêndio, na noite de 4 para 5 de outubro de 1910, no decurso da Implantação da República, os Paços Concelho e o Arquivo Municipal ficaram destruídos, perdendo-se um legado institucional e patrimonial de valor incalculável para a história concelhia e nacional.
Certamente que o legado municipal iniciado em 1249, com a Carta de Foral de Setúbal, não terá permanecido inalterado até à referida noite, dado que as diversas catástrofes naturais, pestes e convulsões sociais que fustigaram Setúbal ditaram, seguramente, a perda e destruição de parte da documentação.
Os Paços do Concelho, sediados na Praça da Ribeira Velha, transitaram para o antigo Largo do Sapal (atual Praça de Bocage) na sequência da ordem, em 1526, de construção do edifício. Com o terramoto de 1 de novembro de 1755 dá-se a transferência para o convento de Brancanes, em face da ruína do edifício municipal.
Em 1858, um terramoto atingiu de novo a cidade de Setúbal e a sede do município foi seriamente danificada, embora em menor escala do que na noite de 4 para 5 de outubro de 1910. O cálculo da catástrofe nunca será feito, ficando tão-somente alguns apontamentos dispersos de fontes documentais consultadas antes de 1910.
Com a transição temporária para o Liceu Bocage e o regresso, em 1938, à Praça de Bocage, o Arquivo Municipal encontra o seu local físico até ao momento da descentralização, resultante de um protocolo assinado em 1998 com o Instituto Nacional de Arquivos/Torre do Tombo e a colocação de documentação (desde o século XVI ao século XX), sob regime de depósito, no Arquivo Distrital de Setúbal.
Regulamento
Com vista ao aumento da funcionalidade do serviço de Arquivo e à implementação de princípios de uniformização arquivística foi criado o Regulamento do Arquivo Municipal de Setúbal.
O regulamento, disponível para consulta nesta página, é uma ferramenta de gestão que tem como objetivo fomentar a gestão integrada da informação, assim como a preservação e valorização do acervo documental do município.