O Grito de Liberdade de 2024 deu voz aos projetos jovens de Ya Sin, Meewa e Môrus, após residência artística com a mentoria de Nerve.

Três projetos de jovens músicos subiram, no dia 23, ao palco do Fórum Municipal Luísa Todi, para o Grito da Liberdade, espetáculo em que reinterpretaram, em géneros distintos como reggae, folk ou R&B, temas associados ao 25 de Abril.


A iniciativa, dinamizada pela Câmara Municipal de Setúbal desde 2019, assumiu, este ano, uma configuração diferente da habitual.

Após um open call, através do qual a autarquia recebeu propostas de 27 jovens artistas da região, foram selecionados três projetos, destinados a conceber, por via de uma residência artística, um espetáculo evocativo da Revolução dos Cravos e que fosse enriquecido pela perspetiva atual da juventude sobre a data.

Com a mentoria e curadoria de Nerve, os três artistas convidados, Ya Sin, Meewa e Môrus prepararam ao longo de quatro dias, numa residência artística repartida pela Casa da Cultura e a Pousada da Juventude de Setúbal, um espetáculo de 40 minutos em que as minhas de intervenção de há 50 anos foram revestidas com novos ritmos e novas interpretações.

Ya Sin, nome artístico de Yacin Lopes, natural de Cabo Verde, a viver há vários anos na Amadora e que se prepara para lançar um novo álbum, move-se principalmente dentro dos géneros raggae, hip hop e R&B.

Natural do Pinhal Novo, Meewa é o nome com que Camila Silva sobe aos palcos, numa carreira que está a dar os primeiros passos dento do indie pop e R&B.

Môrus representa a dupla lisboeta Alexandre Moniz e Jorge Barata, capaz de explorar novos caminhos dentro do folk progressivo, gerando frequentemente uma fusão de folk/rock.

A residência artística resultou num Grito de Liberdade com 12 temas, em que cada projeto convidado interpretou, em conjunto, canções de intervenção conhecidas da história do 25 de Abril e dois temas originais de cada um.