Com condução do maestro Jean-Marc Burfin, o espetáculo incluiu a interpretação de “Suite Française d’Après Claude Gervaise”, FP 80, e de Sinfonia n.º 2, H. 153, de Arthur Honegger.

O pianista Artur Pizarro, associado em março à Orquestra Académica Metropolitana, participou na apresentação do Concerto para Piano e Orquestra, FP. 146, de Francis Poulenc, e Concertino para Piano e Orquestra, H.55, de Arthur Honegger, duas obras que escapam à mais tradicional configuração do concerto virtuoso romântico.

Poulenc e Honegger, que integraram o grupo conhecido por “Les Six”, ficaram conhecidos por trazerem uma lufada de ar fresco ao panorama musical francês da primeira metade do século XX, ao proporem um estilo bem-humorado e inquietante, imprevisível e irreverente.

O programa de sábado à noite no Fórum Luísa Todi completou-se com o glamour conhecido do Concerto de Poulenc, concordante com a encomenda feita pela Orquestra Sinfónica de Boston, em 1946, e com a disposição energética do Concertino de Honegger, que permite adivinhar a azáfama civilizacional dos anos 20.

A fechar a noite, o neoclassicismo de uma suíte de Poulenc, desenvolvida a partir da música do compositor renascentista Claude Gervaise, e a Sinfonia n.º 2, de Honegger, datada de 1937, que, embora ecoe um momento conturbado da história europeia, remata com apontamentos otimistas.