O presidente da Câmara Municipal, André Martins, assinalou em 4 de maio, numa conferência sobre “A oposição católica ao Estado Novo em Setúbal”, que o 25 de Abril deu às mulheres a possibilidade de assumirem cargos importantes em Portugal.
Depois de saudar a nova presidente da LASA – Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão, Maria Joaquina Soares, eleita em março, o presidente da Câmara recordou, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, que “foi com o 25 de Abril que as mulheres tiveram a possibilidade de assumir cargos distintos na sociedade portuguesa”.
André Martins falava na abertura de uma sessão evocativa do 25 de Abril organizada pela LASA e integrada no programa municipal das comemorações dos 50 anos da revolução de 1974, “Venham Mais Vinte e Cincos”.
A sessão foi preenchida por uma conferência de Albérico Afonso Costa sobre “A oposição católica ao Estado Novo em Setúbal” e por um recital de poesia de Sophia de Mello Breyner Andersen e de Natália Correia por Virgínia Costa, acompanhada ao piano por Gonçalo Simões.
“É com muito gosto que recebemos aqui esta iniciativa da LASA, a quem eu queria saudar por mais uma iniciativa no âmbito do seu programa de muitos anos a falar de cultura e a promover cultura. Quando falamos do 25 de Abril também estamos a falar de cultura e a promover esse conhecimento que hoje faz parte da história de Portugal”, disse o autarca.
André Martins considerou que as sessões deste tipo proporcionam reflexões “sobre a realidade e a transformação, em particular do que o que foi o antes e o depois do 25 de Abril”, e que os estudos do historiador e investigador Albérico Afonso Costa permitem passar essas mensagens e ajudam a “refletir sobre esses tempos”.
Maria Joaquina Soares afirmou que o dia era “muito especial para a LASA”, sublinhando que a Liga se associava às comemorações oficiais do cinquentenário do 25 de Abril de 1974 no município de Setúbal, “justamente um dos concelhos onde a resistência ao regime do Estado Novo deu um valioso contributo para o seu colapso e para a emergência da democracia”.
No início da conferência, Albérico Afonso Costa afirmou que a sessão, realizada no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, era “uma excelente maneira de homenagear todos aqueles e aquelas que, de uma forma desinteressada, deram o melhor das suas vidas para lutar pela liberdade sem nunca terem pedido nada em troca”.
