Apresentação da primeira Equipa de Intervenção Permanente dos Bombeiros Voluntários de Setúbal - Presidente da Câmara Municipal, André Martins

O presidente da Câmara Municipal, André Martins, afirmou em 1 de junho, na cerimónia de apresentação da primeira Equipa de Intervenção Permanente dos Bombeiros Voluntários de Setúbal, que esta corporação assume um papel determinante na estrutura de socorro do concelho e do país.


“Consideramos os Voluntários de Setúbal um agente fundamental do sistema de proteção civil local e nacional, em particular porque sabemos que, sempre que necessário, os meios deste corpo de bombeiros são também acionados para outros teatros de operações”, sublinhou, adiantando que a autarquia age “em conformidade com essa visão” e tem “plena confiança” nos bombeiros, voluntários e profissionais.

A constituição da primeira Equipa de Intervenção Permanente (EIP) dos Bombeiros Voluntários de Setúbal resultou de um protocolo tripartido celebrado entre a Câmara Municipal, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Setúbal (AHBVS).

Segundo o portal do Governo, as EIP “visam melhorar a eficiência da Proteção Civil e as condições de prevenção e socorro em caso de acidentes e catástrofes”, sendo “formadas por cinco bombeiros profissionais, com elevada especialização e com competências em áreas diferenciadas para atuarem em diferentes cenários”, os quais, como recordou André Martins, estão disponíveis oito horas por dia.

“Se é um facto que cabe à Câmara Municipal e à Autoridade de Proteção Civil pagar, em partes iguais, os salários e encargos dos elementos desta equipa, mais real ainda é o facto de ser à Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Setúbal que cabe suportar uma parte muito considerável dos custos de funcionamento desta equipa”, admitiu o presidente da Câmara.

Trata-se de “um enorme esforço” da AHBVS, que tem de suportar “custos elevados” com o equipamento dos bombeiros, com a manutenção dos equipamentos e viaturas e com o combustível para estas circularem.

André Martins salientou que esse esforço é feito “num território em que os bombeiros voluntários, por força da sua posição geográfica e de outras circunstâncias, têm sérias dificuldades em gerar as necessárias receitas para assegurar o funcionamento de toda a estrutura” e “num país em que o subfinanciamento dos bombeiros voluntários é uma realidade antiga que tarda em ser alterada”.

Depois de assegurar que a autarquia vai prosseguir no caminho de “tudo fazer para que a AHBVS continue a desempenhar com qualidade as missões que lhe estão atribuídas”, o autarca recordou que há alguns meses a Câmara Municipal atualizou os protocolos de colaboração no âmbito dos quais esta associação presta serviços de proteção e socorro às populações do concelho.

Neste sentido, o financiamento à AHBVS ao abrigo do protocolo relativo ao funcionamento do Centro Municipal de Operações de Socorro “passou de 7476 euros para 10.200 euros mensais”, enquanto a verba concedida aos Bombeiros Voluntários de Setúbal para apoio a atividades de proteção e socorro na freguesia de Azeitão “passou de pouco mais de 20 mil euros para 27 mil e 300 euros mensais”.

Salientando que estes apoios acontecem a par do “muito significativo investimento anual” feito pela autarquia no funcionamento da Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal, o presidente da Câmara recordou ser “imprescindível que o poder central apoie adequadamente os bombeiros”, que, como sublinhou, são “a primeira coluna do socorro em Portugal”.

O presidente da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Setúbal, Sérgio Varela, expressou o “grande orgulho” por, com a constituição sua da primeira EIP, a entidade ver reconhecida pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e pelo município, “mais uma vez”, a “capacidade e qualidade da resposta dos Bombeiros Voluntários de Setúbal no âmbito da proteção e socorro”.

Sérgio Varela salientou que a constituição desta EIP resulta de “um enorme esforço” por parte da AHBVS “na promoção da formação contínua dos seus operacionais e no reforço dos seus meios”, indicando que para ela foram selecionados cinco bombeiros entre 82, “não por serem os únicos, mas por serem parte de um todo que diariamente responde com prontidão, humanidade e profissionalismo aos pedidos que lhe chegam”.

O comandante dos Bombeiros Voluntários de Setúbal, Nélio Condeço, agradeceu à AHBVS, à Câmara Municipal e à ANEPC pela criação da EIP, considerando que o dia era de “grande significado”, uma vez que a constituição desta equipa representa “um acontecimento que orgulha toda a população setubalense” e “um excelente reforço na área do socorro e da proteção civil”.