Sessão pública apresenta conclusões preliminares do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Desporto para o Concelho de Setúbal

A importância do Desporto enquanto pilar de desenvolvimento do território de Setúbal foi enfatizada a 14 de novembro pelo vereador Pedro Pina, em sessão pública que revelou as conclusões preliminares de um plano estratégico desportivo em preparação para o concelho setubalense.


“Vamos conhecer para melhor fazer”, afirmou o vereador com o pelouro do Desporto na Câmara Municipal de Setúbal no encontro realizado no Cinema Charlot – Auditório Municipal que deu a conhecer o diagnóstico prospetivo do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Desporto para o Concelho de Setúbal.

 Nesta perspetiva, evidenciou o autarca, este Plano constitui-se como uma ferramenta fundamental porque “coloca o azimute de uma forma mais clara, porque ajuda na fundamentação das decisões e porque coloca o Desporto enquanto um pilar estratégico de desenvolvimento do município”.

O projeto está a ser desenvolvido com o apoio técnico-científico do CEDRU – Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano e tem como objetivo promover um maior conhecimento sobre as necessidades dos cidadãos e das organizações de modo a definir estratégias e os eixos e ações de desenvolvimento.

“É um dever que saibamos construir com todos e para todos aquilo que é a nossa visão estratégica”, afirmou o vereador Pedro Pina, ao apontar o rio Sado e a Serra da Arrábida enquanto equipamentos privilegiados para a prática desportiva e riquezas naturais diferenciadoras naquilo que é a identidade do território.

Neste enquadramento, o autarca esclareceu que quando de se fala da estratégia do rio e da serra não se está a priorizar a mesma. “Estamos a determinar uma coerência do desígnio para este território, que tem de ser compreendido de acordo com as suas características.”

O Plano Estratégico de Desenvolvimento do Desporto para o Concelho de Setúbal, cuja elaboração é suportada pela recolha e análise estatística de documentos e entrevistas, procura gerar e potenciar um processo de promoção da atividade física e do desporto e de valorização territorial e também acrescenta inovação.

Para o vereador do Desporto na Câmara de Setúbal, inovar é, consequentemente, um ato civilização. “Somos civilizados quando transportamos o conhecimento e a ciência para aquilo que se pode traduzir num desenvolvimento sustentável, equitativo e democrático para o território.”

As conclusões preliminares do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Desporto para o Concelho de Setúbal, com duas de três fases – enquadramento temático e diagnóstico prospetivo – já concluídas, foram apresentadas por Gonçalo Caetano, do CEDRU – Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano.

Destaque para o facto de Setúbal apresentar um ecossistema desportivo rico e variado, se constituir enquanto destino apetecível no que respeita à prática desportiva informal e da população ter valorizado a atividade física depois da pandemia, em consequência dos confinamentos.

Em matéria de desafios, as conclusões preliminares do estudo apontam a necessidade de fomentar uma presença mais ativa do Desporto entre a população que, no concelho, está distribuída de forma muito heterogénea, o que motiva diferentes exigências de âmbito territorial.

Segue-se a última fase de ação, para a qual já foram apontadas um conjunto de orientações não vinculativas em cinco eixos de atuação, designadamente otimização de infraestruturas, capacitação do ecossistema desportivo, estímulo à prática desportiva e atividade física, marketing territorial e parcerias interinstitucionais.

“Este é um instrumento de apoio à tomada de decisão, que estabelece prioridades, aproveita oportunidades e gere as potencialidades com competitividade”, apontou o diretor-adjunto do CEDRU – Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano, Luís Carvalho, sobre o Plano que agora entra construção de propostas de ação.

O vereador do Desporto na Câmara de Setúbal, Pedro Pina, ao elogiar a importância deste novo instrumento de apoio à gestão e decisão no que respeita ao desenvolvimento desportivo do concelho, disse que este é um trabalho que acaba por ficar órfão em virtude da inexistência de políticas de âmbito nacional.

“Não temos uma política para o desporto nacional e isto tem um impacte nos diferentes territórios, independente da capacitação, seja de infraestruturas, de recursos humanos ou de paradigmas com que os territórios e as gentes têm sobre o olhar para a prática desportiva.”