A Câmara Municipal e a Junta de Freguesia de São Sebastião apresentaram na noite de 3 de maio um projeto de requalificação da Rua da Camarinha, numa reunião com moradores realizada no âmbito do programa “Ouvir a População, Construir o Futuro”.
Cerca de duas dezenas de residentes compareceram na Escola Básica Luísa Todi para conhecerem a proposta de requalificação do troço da Rua da Camarinha entre a Rua Afonso de Albuquerque e a interseção com as ruas do Rosmaninho e Adriano Correia de Oliveira, tendo sido constituído um grupo de trabalho com três moradores para acompanhar a evolução do processo com a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia.
“Ficamos sempre muito satisfeitos por marcarmos reuniões e conseguirmos conversar e receber contributos para melhorar a qualidade de vida das pessoas”, disse o presidente da Câmara, André Martins, no final da sessão realizada no auditório da escola, agradecendo a participação dos moradores. “Os projetos podem ser muito enriquecidos e adaptados com a vivência que as pessoas têm dos sítios”.
O presidente da Câmara sublinhou que a experiência diz que “esta é a grande vantagem” de as autarquias terem “uma relação próxima com as pessoas”, enquanto o vereador das Obras Municipais, Carlos Rabaçal, considerou que a criação de grupos de trabalho com os moradores “tem sido muito importante para a eficiência da Câmara Municipal e das Juntas de Freguesia na resolução dos problemas”.
A proposta de requalificação da Rua da Camarinha prevê um reperfilamento da faixa de rodagem, com estreitamento de via, a criação de uma rotunda entre esta rua e as ruas do Rosmaninho e Adriano Correia de Oliveira e de zonas de esplanada e de estadia, o aumento dos passeios e o ordenamento do estacionamento automóvel, bem como a sobrelevação das entradas das ruas secundárias.
É ainda proposto que aquele troço passe a ser uma zona em que a velocidade máxima permitida seja de 30 km/h, de modo a garantir maior segurança aos peões no atravessamento das passadeiras.
O presidente da Junta de Freguesia de São Sebastião, Luís Matos, referiu que “o projeto já tem alguma história e surge na sequência de algumas intervenções realizadas nas zonas do Monte Belo e da Camarinha” para criação de bolsas de estacionamento automóvel e de zonas pedonais ou para melhorar a drenagem das águas da chuva e as caldeiras de árvores.
Numa reunião em que também esteve presente a vice-presidente da Câmara Municipal, Carla Guerreiro, os moradores apresentaram algumas questões que os preocupam, deixando uma sugestão, entre outras, para que, por questões de segurança, os pais possam deixar os alunos junto do portão lateral da Escola Básica Luísa Todi.
André Martins revelou que a Câmara Municipal já contactou o proprietário dos terrenos contíguos à escola e que este aceitou fazer uma adaptação ao loteamento, pelo que “oportunamente” poderá ser criada de uma alternativa de entrada pela porta lateral. “Estamos em condições de poder avançar com essa solução, que é vantajosa em termos de segurança”.
O programa municipal “Ouvir a População, Construir o Futuro” visa aproximar a gestão autárquica da população do concelho, que assim pode apresentar diretamente aos eleitos assuntos que consideram de interesse sobre os locais onde vivem ou trabalham.
O projeto, inédito a nível nacional, que decorre da visão, do compromisso e da prática de Município Participado, transversal a toda atividade da Câmara Municipal, e leva o Executivo e as Juntas de Freguesia a avaliar, em cada bairro, em cada rua, as necessidades sentidas pela população.
