A Câmara Municipal assinala os 50 anos de atividade literária de Luísa Ducla Soares com uma exposição inaugurada a 3 de abril, composta por artigos associados à vida e obra da escritora.
Livros, fotografias, documentos, quadros e trabalhos realizados pelos alunos das escolas que a escritora visitava, para promoção da leitura entre os mais novos, constituem esta exposição, patente na Biblioteca Pública Municipal de Setúbal até 3 de maio.
A mostra é organizada pela Editora Canto das Cores, com a parceria local da Câmara Municipal de Setúbal, no âmbito do programa comemorativo local dos 50 anos da Revolução dos Cravos.
Um dos raros nomes da literatura para a infância ainda ativos desde antes do 25 de Abril de 1974, Luísa Ducla Soares, atualmente com 84 anos, foi presa pela PIDE, a polícia política da ditadura, por ter participado numa manifestação estudantil.
“Todos no sofá”, “A menina que não queria livros” e “Três tristes tigres” são algumas das obras da escritora, que já escreveu mais de 180 livros para crianças, desde contos e poesia a lengalengas e trava-línguas.
O primeiro livro para crianças surgiu em 1972, com “História da papoila”, que lhe valeu o Grande Prémio da Literatura Infantil, e que recusou por razões políticas e ideológicas.
Além da escrita, Luísa Ducla Soares trabalhou na imprensa, foi tradutora, passou pelo Ministério da Educação e esteve 30 anos na Biblioteca Nacional.
A exposição pode ser visitada, de forma gratuita, na Biblioteca Pública Municipal de Setúbal, até 3 de maio, de segunda a sexta-feira das 09h00 às 19h00 e aos sábados das 14h00 às 19h00.
