Um programa com quase duas dezenas de concertos gratuitos e um congresso sobre cultura nas cidades voltou a fazer de Setúbal capital da música ibero-americana, durante a nona edição da EXIB Música, que decorreu entre 18 e 21 de outubro.
Os espetáculos, com artistas de Portugal, Argentina, Brasil, Colômbia, Cuba, Equador, Espanha, México, Peru e Venezuela, tiveram como palco espaços tão diversificados como o Fórum Municipal Luísa Todi, o Convento de Jesus, nos claustros e na igreja, e o Espaço Rio, na Praça de Bocage.
A EXIB Música 2023, organizada pelo exibproject e pela Câmara Municipal de Setúbal, contou com 17 espetáculos musicais, num programa iniciado em 18 de outubro, quarta-feira, com as atuações de A Cantadeira e de Diego el Gavi, de Portugal, e de Ana Crismán, de Espanha, no Fórum Municipal Luísa Todi.
Nos restantes três dias houve concertos com Lía Sampai e Magaly Saré y Manel Fortiá, de Espanha, o português Marco Oliveira, o espanhol Hugo Arán e o brasileiro Márcio Faraco no espetáculo “Cada um Canta Uma”, Eva y Nadia, da Argentina, Ariel Brínguez Quintet, de Cuba, Sara Vidal, de Portugal, Mirla Riomar, do Brasil, Laura Itandehuí, do México, María Cristina Plata, da Colômbia, Juliette Robles, do Peru, Ensamble B11, da Venezuela, Ilyari y Los Cuatro Suyos, do Equador, e Garupá, da Argentina.
A EXIB Música é um espaço que promove anualmente a mobilidade artística da música ibero-americana na Europa, com a partilha da riqueza dos sons identitários de cada país e o estabelecimento de contactos entre artistas e potenciais colaboradores.
Setúbal abraçou o projeto em 2019, tornando-se, todos os anos, a capital da diversidade musical ibero-americana, ao mesmo tempo que proporciona um espaço para o intercâmbio intercultural e de visibilidade para a nova cena musical de raiz da América Latina, Espanha e Portugal.
A nona edição, quinta seguida em Setúbal, deu continuidade ao trabalho de divulgação e mobilidade dos novos sons de raiz de Portugal através da música ao vivo e conferências, painéis e fóruns que refletiram sobre o papel das cidades no desenvolvimento da música ibero-americana.
A terceira edição do Congresso Cidade, Música e Criação, que decorreu nos dias 18 e 19, promoveu uma reflexão sobre os desafios que se colocam às cidades na promoção da criação artística e da difusão cultural, destacando o papel transversal de música, raízes e narrativas no desenvolvimento de convivências urbanas pacíficas.
No dia 20, sexta-feira, o encontro “A História por trás das Canções”, realizado no Convento de Jesus, estabeleceu novas pontes entre as culturas latino-americanas e europeias, com artistas de vários países a partilharem canções e as histórias que as inspiraram.
Diogo Picão e Silvana Peres, de Portugal, Triana, de Espanha, Verónica Cruz, de Cuba, Vivi Pozzebon e Aixa Figini, da Argentina, Taís Reganelli, do Brasil, Luca Dúo, do México, José Delgado e Andrea Imaginario, da Venezuela, e Melaní Luraschi, do Uruguai, contaram, cada um, uma história pessoal ligada a uma canção própria ou alheia.
Consolidada como o encontro cultural da Ibero-América na Europa e um catalisador que promove a coexistência, o respeito pela diversidade e a colaboração através da arte, a EXIB Música tem os apoios do INAEM, Cooperação Espanhola, da AIE – Sociedade de Artistas Intérpretes ou Executantes de Espanha e o Alto Patrocínio da Presidência da República Portuguesa.
