Abertura do 12.º Festival Internacional de Música de Setúbal - Espetáculo “Harmonias de Liberdade: Zeca tocado por miúdos”, com o Conservatório Regional de Setúbal, a Academia de Dança Contemporânea de Setúbal, a Academia de Música de Almada e o Coral Infantil de Setúbal

O presidente da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins, destacou na noite de 8 de maio o caráter inclusivo do Festival Internacional de Música de Setúbal, no espetáculo de abertura da 12.ª edição, realizado no Fórum Municipal Luísa Todi.


“É através da música que este festival também tem a missão da inclusão. É um festival de música inclusivo e isso para nós é fundamental”, disse o presidente da Câmara, salientando “a qualidade dos participantes”, jovens das escolas de música e profissionais, registada ao longo das várias edições.

De acordo com o autarca, o “grande objetivo”, é que os jovens que se envolvem no festival e nas escolas de música consigam “uma forma de vida”, da sua passagem pelo ensino, que os projete “para um futuro melhor e para, quando chegar a altura, fazerem deste mundo um mundo melhor”.

Subordinada ao tema “Ecos da Liberdade”, esta edição do Festival Internacional de Música de Setúbal, inserida no programa municipal das comemorações do 25 de Abril “Venham Mais Vinte e Cincos”, decorre até 12 de maio com um programa com 11 concertos, nos quais mais de 1200 crianças e jovens participam lado a lado com artistas profissionais.

No festival, organizado pela A7M – Associação do Festival de Música de Setúbal numa parceria da Helen Hamlyn Trust com a Câmara Municipal, crianças, jovens, artistas, orquestras, conservatórios, corais e outros projetos protagonizam propostas musicais em torno da liberdade.

André Martins agradeceu às entidades organizadoras que são responsáveis “pelo êxito” que o festival tem tido ao longo das 12 edições, afirmando que “esse reconhecimento tem levado ao alargamento da participação a outras regiões do país, sempre envolvendo organizações que têm a ver com o ensino e, em particular, com o ensino da música”.

Agradeceu à A7M “por todo o empenhamento no trabalho” de organização do festival e a Lady Helen Hamlyn por ser “a responsável primeira desta iniciativa e deste projeto”, salientando que a benfeitora britânica visita todos os anos Setúbal “para dar força” a todos os que nele trabalham.

Lucy O’Rorke, diretora de projetos do Helen Hamlyn Trust, disse ser “fantástico estar em Setúbal” para a 12.ª edição do Festival, salientando que nestes anos viu muitas crianças “participarem e começarem a descobrir-se a si próprias através da música”, algumas das quais “não tinham voz antes de participarem no festival e, ao fazerem música, encontraram uma voz e encontraram-se a elas próprias”.

Notou que muitas destas crianças “seguiram o caminho de trabalhar profissionalmente na música” e “outras passaram a trabalhar na música de forma terapêutica”, afirmando que o objetivo é proporcionar aos jovens “uma verdadeira experiência profissional” que “fique para o resto das suas vidas”.

O presidente da A7M – Associação do Festival de Música de Setúbal, Carlos Biscaia, salientou que “Ecos de Liberdade”, o tema da edição deste ano, “tem tudo a ver com os 50 anos do 25 de Abril”, tal como “os 12 anos do festival têm também tudo a ver com liberdade, com igualdade de oportunidades e com criar oportunidades para as crianças, nomeadamente as mais desfavorecidas, poderem aspirar a um futuro melhor”.

Carlos Biscaia agradeceu os apoios da Câmara Municipal, de Lady Hamlyn e do Helen Hamlyn Trust, bem como a todas as entidades parceiras, das escolas de música às instituições de solidariedade social de Setúbal, referindo que a rede tem sido alargada “desde há uns anos a esta parte”, passando em 2024 a contar com a orquestra criativa de Santa Maria da Feira, que se junta a instituições de Setúbal, Almada e Palmela.

A abertura do 12.º Festival Internacional de Música de Setúbal juntou Conservatório Regional de Setúbal, Academia de Dança Contemporânea de Setúbal, Academia de Música de Almada e Coral Infantil de Setúbal no espetáculo “Harmonias de Liberdade: Zeca tocado por miúdos”.

O objetivo do festival é promover uma partilha cultural através da qual músicos profissionais, portugueses e estrangeiros, se ligam à comunidade local, incluindo mais de um milhar de crianças e jovens, para produzirem criações artísticas e performances musicais únicas e marcantes.

O evento tem o palco principal no Fórum Luísa Todi, mas estão também agendados concertos em locais como Igreja e Claustros do Convento de Jesus, Paços do Concelho e Sociedade Perpétua Azeitonense.

O programa completo da 12.ª edição do Festival Internacional de Música de Setúbal, a par de todas as informações de bilheteira e condições de reserva de entradas para as iniciativas, está disponível para consulta na página oficial do evento, acessível nesta ligação.