A vice-presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Carla Guerreiro, destacou em 6 de abril a importância de concretizar os sonhos, num jantar de angariação de fundos para a construção da nova sede da Sociedade de Instrução Musical de Brejos de Clérigos de Azeitão.
Num evento realizado com o apoio da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia de Azeitão, que contou com atuações dos fadistas Conceição Martins, Milu Silva e António Sousa, acompanhados na guitarra portuguesa por Rui Santos e na viola por Rui Correia, Carla Guerreiro reconheceu que o processo relativo à construção da nova sede da SIMBA “já tem muito tempo”, mas no dia 13 vai ser lançada a primeira pedra.
“É muito importante sonharmos e depois concretizarmos”, disse a autarca, sublinhando a “persistência” dos dirigentes da SIMBA e considerando “muito importante” a cerimónia de lançamento da primeira pedra da nova sede. “É um momento que nos deve orgulhar, porque finalmente as coisas estão a acontecer.”
Desejando “muita sorte para a obra” e “que tudo corra bem”, Carla Guerreiro recordou que a Câmara Municipal vai contribuir com um apoio financeiro com o qual o presidente André Martins “se comprometeu”, manifestando a disponibilidade da autarquia para avaliar a eventualidade de, “na medida das suas possibilidades”, prestar mais apoios de outro tipo.
“Estamos sempre disponíveis para podermos avaliar e para podermos dar um apoio, que às vezes até pode nem ser financeiro. Alguma coisa que vocês precisem e que vejam que a Câmara possa ajudar, falem connosco que nós também estamos disponíveis”, afirmou.
A presidente da coletividade, Maria de Jesus Henriques, notou que a obra já começou, com os trabalhos no terreno para criar as fundações, e que a SIMBA tem “um grande grupo de pessoas” que a “apoia imenso” e ajuda a direção a “levar para a frente” a associação cultural.
A dirigente referiu os apoios da Câmara Municipal de Setúbal e da Junta de Freguesia de Azeitão, além de empresários que vão contribuir com trabalho de construção ou materiais, mas lembrou que a SIMBA está “a precisar de ajuda”, pedindo aos presentes para espalharem a palavra.
“Que nos deem o que puderem, nós não pedimos o impossível”, disse, recordando que a coletividade está naquele terreno há 14 anos, depois de ali ter chegado sem nada e de, “pouco a pouco”, ter construído “uma estrutura provisória” baseada em três contentores, que a Proteção Civil considerou não poder continuar a ser utilizada.
“Imaginem as voltas que tivemos de dar para nos mantermos aqui este tempo todo. Nós pagamos muito IMI. Houve anos em que pagámos cinco mil euros, imaginem quanto é que nós tivemos de trabalhar todos para conseguir esse dinheiro. Mesmo assim, temos algum dinheiro, porque temos trabalhado muito. Nós temos coragem, mas precisamos da ajuda de todos, porque sozinhos não conseguimos”, concluiu Maria de Jesus Henriques.
