Os filmes “Miradouro” e “Sal no Sangue”, de João Bordeira e Sérgio Brás d’Almeida, são exibidos a 11 e 12 de abril na Ilha de São Vicente, em Cabo Verde, numa projeção internacional apoiada pela Câmara Municipal de Setúbal.
As duas obras cinematográficas receberam recentemente apoio da Fundação Calouste Gulbenkian para um projeto de internacionalização, o qual conta com a parceria, além da Câmara Municipal de Setúbal, da União das Freguesias de Setúbal e da Junta de Freguesia de São Sebastião.
Neste âmbito, e a convite do realizador de cinema e professor cabo-verdiano Leão Lopes e do coreógrafo António Tavares, os filmes são exibidos nos dias 11 e 12 de abril no Centro Cultural do Mindelo, numa iniciativa em colaboração com o Instituto Universitário de Arte, Tecnologia e Cultura do Mindelo.
Além desta sessão, os filmes são apresentados a 14 de maio no Centro Cultural Português da Praia, na Ilha de Santiago, num programa em que se inclui um encontro entre profissionais do cinema para o desenvolvimento de um projeto de intercâmbio entre Setúbal e Cabo Verde.
O projeto, com o objetivo de fomentar o intercâmbio e partilha de experiências culturais e profissionais, procura envolver argumentistas, realizadores e produtores de cinema provenientes de Cabo Verde para apresentarem obras em Setúbal, num circuito que leva setubalenses a mostrar trabalho naquele arquipélago africano.
“Miradouro” é um documentário naturalista combinado com ficção, assinado por João Bordeira e Sérgio Braz d’Almeida, para mostrar um olhar sobre a dinâmica do Bairro de São Domingos, um dos locais mais antigos de Setúbal, numa nostalgia latente do que foi antigamente e já não é, e que continua vivo.
Já “Sal no Sangue”, documentário dos mesmos realizadores que a colaboração da antropóloga Mariana Macedo Dias, documenta histórias de vida, dificuldades quotidianas e a ligação ao mar dos pescadores de Setúbal, e partilha relatos de homens com idades entre os 34 e os 85 anos, que recordam um passado de pesca melhor.
