1 – Não foi comunicado à Câmara Municipal, formal ou informalmente, qualquer “incómodo” da parte da direção do clube.

2 – As fontes do jornal “A Bola” invocam o facto de existirem equipas de râguebi e de futebol feminino a treinarem no CMAS para justificarem a cedência à equipa de futebol, mas omitem que se trata de equipas do Vitória Futebol Clube às quais foi cedido o campo.

3 – O CMAS é utilizado pela secção de Rugby do VFC (treinos), escalões de Sub16, Sub18, Seniores Masculinos e Seniores Femininos, todos os dias úteis, num total de 100 a 120 atletas, que, normalmente, realizam dois jogos por fim de semana. Realizam-se, ainda, um treino semanal da Escola de Futebol Feminino de Setúbal (28 atletas) e jogos oficiais mensais. A prática do Futebol Feminino é, pois, pontual e extemporânea e limita-se a dois jogos por mês.

4 – Além das utilizações referidas, o campo é usado regularmente e para fins competitivos pelos clubes filiados da Associação de Atletismo de Setúbal.

5 – A Câmara Municipal de Setúbal, ainda que o pedido do clube não tenha respeitado os prazos determinados pelo regulamento de utilização do CMAS, decidiu, no dia 8 de dezembro, indeferir o empréstimo do campo para as finalidades pretendidas pelo VFC com base nas mesmas razões que sempre utilizou para pedidos idênticos, ou seja, que este campo se destina à prática do râguebi e do atletismo e que a relva tem o seu pisoteio máximo mais do que atingido com a prática do rugby pelas equipas do Vitória.

6 – É relevante referir neste contexto que, em 2011, por ocasião do centenário do clube, a autarquia atribuiu ao Vitória Futebol Clube um apoio financeiro de  181 mil e 500 euros para arrelvamento em relva sintética do campo de treinos da Várzea. Com este apoio financeiro foi colocado pelo clube um novo relvado sintético na Várzea e foi transferido o relvado antigo da Várzea para o Campo de Treinos do Bonfim e para um pequeno espaço junto do Pavilhão Desportivo.

7 – A Câmara Municipal de Setúbal rejeita, pelas razões e factos invocados nos números anteriores, o teor e o tom da notícia do jornal “A Bola” e insta a direção do clube a fazer o mesmo. Rejeita também qualquer tentativa de a arrastar para polémicas desnecessárias, nas quais não participará.

8 – A autarquia está, desde sempre ao lado do clube, e desde sempre se constituiu como parte da solução e nunca como parte do problema, o que, aliás, tem sido demonstrado pelos vários executivos que passaram pela Câmara Municipal de Setúbal com a celebração de contratos de desenvolvimento desportivo, cedências de terrenos, apoios financeiros para instalação de relvados ou a procura de soluções para os problemas do clube. Assim foi, assim continuará a ser.