A assistir à versão semicénica de “Candide”, interpretada pelo Coro do Teatro Nacional de São Carlos e pela Orquestra Sinfónica Portuguesa, sob direção de João Paulo Santos, especialista nesta partitura, esteve Eunice Muñoz, homenageada no início do evento.
A atriz portuguesa, admiradora da opereta criada por Leonard Bernstein, veio a Setúbal conhecer o remodelado e modernizado Fórum Municipal Luísa Todi, sala onde já representou.
A homenagem simbólica, uma surpresa para esta convidada especial, foi um dos momentos altos do espetáculo. Ao lado de João Pereira Bastos, diretor do Fórum Municipal Luísa Todi, a atriz Eunice Muñoz recebeu flores e foi ovacionada de pé pelo público com uma longa salva de palmas.
A estreia de “Candide” em Setúbal foi um “sucesso absoluto”, destaca João Pereira Bastos, ao reforçar que a legendagem sincronizada facilitou o acompanhamento deste concerto de Ano Novo.
“É uma peça que está sempre atual e apresentada no mundo inteiro”, assinala o diretor do Fórum Luísa Todi para elogiar a personalidade de Leonard Bernstein, autor da obra, escrita por Hugh Wheeler, com base no original de Voltaire, a qual foi estreada na Broadway, Nova Iorque, em 1956 como musical.
Doze cantores solistas interpretaram várias personagens – do ingénuo apatetado Candide ao delirante Dr. Pangloss – entre o dramatismo e a comicidade, nesta versão semicénica do espetáculo.
O norte-americano Leonard Bernstein, criador de obras como “West Side Story”, é considerado o mais popular maestro do século XX, pelo sucesso da série “Concertos para Jovens” e pelas capacidades como autor e intérprete paradigmático do reportório clássico, romântico e modernista.
