O presidente da Câmara Municipal, André Martins, e a vereadora do Urbanismo, Rita Carvalho, na inauguração do supermercado Mercadona em Setúbal.

O presidente da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins, saudou a Mercadona por ter contratado 65 trabalhadores, todos com contrato sem termo, para a loja inaugurada em 28 de junho na cidade, frisando que o emprego é a primeira prioridade para a autarquia.


“Para nós é sempre muito importante que os investidores procurem mão de obra local. A Mercadona fez também esse esforço e são mais de 60 trabalhadores que não têm contratos a prazo. Isso para nós é muito gratificante, porque o que para nós é mais importante é que haja emprego em Setúbal, porque, havendo emprego em Setúbal, há menos deslocação para Lisboa”, afirmou.

Acompanhado pela vereadora do Urbanismo, Rita Carvalho, e pelo presidente da Junta de Freguesia de São Sebastião, Nuno Costa, André Martins sublinhou que a questão do emprego é “central” e “a primeira preocupação” para a Câmara Municipal, porque, embora já tenham passado “umas décadas”, Setúbal viveu “anos muito difíceis com o desemprego” e essa marca “ainda continua muito forte em muitas famílias”.

Apesar de reconhecer que “a capital é uma atração muito forte”, o autarca sublinhou que, Setúbal é, de entre os municípios da península, o que hoje “está menos dependente de Lisboa”, porque “os investidores aqui têm sempre uma componente muito importante, quando não é na totalidade”, de contratação de mão de obra local.

“Isso vai fazendo a diferença”, disse André Martins, notando o facto de no caso do polo comercial do Monte Belo, onde está instalado o supermercado da cadeia espanhola, haver “dezenas e dezenas de empresas instaladas” e “centenas e centenas de trabalhadores de Setúbal” empregados.

O edil elogiou a localização do supermercado por considerar que o polo comercial do Monte Belo tem as melhores condições de acesso e estacionamento para os clientes, além de a ligação direta à autoestrada ser uma “vantagem extremamente importante para a cidade”, por evitar que os veículos de abastecimento, “que são muitos para abastecer todas as unidades comerciais” ali localizadas, entrem na cidade.

“Foi estrategicamente localizado e, portanto, é também uma visão estratégica da ocupação do nosso território e também de preservação na componente ambiental, que é igualmente muito importante”, salientou.

O presidente da Câmara destacou ainda a responsabilidade ambiental e social da empresa, por ser “sensível” às questões da energia e da reciclagem e por ter contratado “pessoas com dificuldades”, que assim podem “sentir-se úteis à sociedade”, além de apoiar instituições particulares de solidariedade social (IPSS).

A diretora da Mercadona para as Relações Externas Centro-Sul de Portugal e Associações de Consumidores, Ana Carreto, agradeceu à Câmara Municipal de Setúbal pela forma como trabalhou neste processo. “Na Mercadona temos uma política de proximidade e estamos muito contentes com a escolha, acreditamos imenso no potencial da cidade”, disse.

Ana Carreto garantiu que os 65 funcionários da loja foram “uma contratação local”, havendo um “investimento por parte da empresa”, mas também um “investimento por parte de cada um dos trabalhadores”, porque deslocou-se para o norte para receber formação e “apostou e acreditou” no projeto.

Relativamente à questão da responsabilidade social, adiantou que “diariamente” cada loja doa bens de primeira necessidade a uma “IPSS de proximidade”, no âmbito do compromisso da empresa de “partilhar com a sociedade parte do que dela recebe”, tendo em Setúbal sido escolhida a APACCF – Associação de Professores e Amigos das Crianças do Casal das Figueiras, com a qual assinou um protocolo de colaboração.

Com a abertura da loja de Setúbal, que dispõe de uma área de vendas de 1900 metros quadrados e 150 lugares de estacionamento, com dois destinados ao carregamento de veículos elétricos, a Mercadona expande-se pela primeira vez para sul de Aveiro.

Segundo a companhia espanhola, a abertura da 33.ª loja em Portugal representa “um importante marco no plano de expansão da empresa que, a 23 de junho de 2016, anunciou Portugal como o primeiro país para a sua internacionalização, criando para o efeito a empresa portuguesa Irmãdona Supermercados”.

A menos de uma semana completar três anos desde a primeira abertura, a 2 de julho de 2019, em Canidelo, Vila Nova de Gaia, “a Mercadona já investiu mais de 500 milhões de euros em Portugal e criou mais de 2.500 novos postos de trabalho no país”.