A autarquia, em ofício assinado pela presidente, Maria das Dores Meira, vem “apresentar o seu protesto” e “demonstrar total indignação” pelo facto de, “mais uma vez”, as companhias teatrais de Setúbal se virem excluídas do financiamento associado ao programa promovido pela Direção-Geral das Artes.

“É com total inconformismo que recebemos os resultados do concurso e queremos, desde já, manifestar solidariedade com todas as estruturas que ficaram excluídas deste apoio”, refere a missiva enviada à diretora-geral das Artes, Paula Varanda. “Assumimos o compromisso de tudo fazermos para, no que ainda for possível, reverter esta situação.”

A Câmara Municipal de Setúbal destaca que as companhias de teatro “cumprem importante papel na criação individual e coletiva” ao proporcionarem “bens culturais essenciais a uma vivência mais rica e estimulante”, o que torna “fundamental os apoios que recebem do Estado”.

O quadro de precariedade que caracteriza a atividade destas associações culturais é recordado no ofício da autarquia, em particular a situação vivida por atores e atrizes, que, “todos os dias, batalham pela sobrevivência” e que, “tantas vezes, se transcendem ao fazerem tanto com o pouco que recebem”.