A Câmara Municipal de Setúbal está a desenvolver, até ao final de abril, a habitual campanha preventiva para controlo da lagarta do pinheiro em todas as escolas da rede pública do concelho.
A intervenção, iniciada em julho, contemplou o tratamento preventivo de 1086 pinheiros, a poda de ramos que permitiram a recolha de 530 ninhos para posterior destruição e a colocação de cintas para a captura de lagartas.
O contacto com as lagartas do pinheiro na fase em que estas possuem pelos urticantes pode provocar alergias nas pessoas e danos na boca dos animais domésticos, pelo que a autarquia procede regularmente, desde 2006, a trabalhos de fitossanidade destinados a controlar a processionária em diversos pontos do concelho, sobretudo nas escolas.
No início, era feito o tratamento curativo dos pinheiros, com a pulverização das copas das árvores a ser realizada duas vezes por ano, em janeiro e fevereiro, mas a partir de 2008 a autarquia procurou métodos alternativos para investir no tratamento preventivo o qual foi iniciado dois anos depois.
Numa primeira fase, entre julho e setembro, são colocadas armadilhas com feromonas para monitorizar as borboletas-macho na altura da reprodução e perceber quando se deve iniciar o tratamento preventivo.
O tratamento consiste depois em aplicar microinjeções com pequenas quantidades de inseticida no tronco das árvores nos primeiros estágios de desenvolvimento das lagartas, que ocorrem entre setembro e novembro,
No outono de 2023, este tratamento foi realizado em 1086 pinheiros existentes em parques e jardins e em todas as escolas básicas e secundárias de competência municipal.
Tendo em conta que algumas lagartas podem resistir ao tratamento, sobretudo nas árvores de maior porte, a par das microinjeções, a Câmara Municipal de Setúbal procede ainda, entre janeiro e março, à poda das árvores para recolha e destruição de ninhos.
Para reforço da segurança, em algumas escolas são ainda colocadas cintas para captura de lagartas que possam descer pelos troncos dos pinheiros.
A campanha preventiva e de monitorização decorre até final de abril e, depois de uma pequena paragem nos meses de maio e junho, o trabalho é retomado em julho.
