Cândido Ferreira

O livro “Nos Bastidores das Medicina”, de Cândido Ferreira, é apresentado no dia 12, à tarde, na Galeria Municipal do Banco de Portugal, sessão na qual é revelada uma nova coleção de arqueologia e arte para o município.


“Nos Bastidores da Medicina – Reflexões Autobiográficas que Nunca Pensei Escrever” dá título à obra do médico nefrologista e escritor Cândido Ferreira, apresentada neste encontro cultural, com início às 16h00, por Fernando António Baptista Pereira.

O mais recente livro de Cândido Ferreira é uma autobiografia que aborda casos reais da atividade médica e cívica do autor, integrando, ainda, alguns artigos de opinião e intervenções públicas em que se desdobrou.

Nesta sessão é ainda apresentada a Coleção de Arqueologia e Arte – Coleção Cândido Ferreira, um valioso conjunto de pelas que é doado pelo médico e escritor ao Museu de Setúbal/Convento de Jesus.

Objetos de uso utilitário, adereços de adorno, de joalheira, de culto e de religião fazem parte desta coleção de peças provenientes de território nacional e que abrangem os períodos da Pré-História, Antiguidade Clássica e Medieval/Moderno.

Da coleção, a ser exposta numa das salas do Convento de Jesus, destaca-se um conjunto de peças de ourivesaria, com datações entre os 1000 a.C. e o século II d.C., cerâmicas do período grego e romano e várias peças ibéricas.

Cândido Ferreira, médico nefrologista nascido em 1949, em Febres, Cantanhede, dedicou mais de quatro décadas à medicina, um percurso profissional repartido entre o sistema nacional de saúde e a iniciativa privada.

Escritor de pensamento livre, entre a vasta obra publicada destaca-se o romance histórico “Setembro Vermelho”, obra na qual confluem vivências pessoais da crise académica desencadeada a 17 de Abril de 1969.

Além da medicina e da literatura, Cândido Ferreira debruçou-se ainda sobre inúmeras esferas de intervenção na sociedade, da cultura às iniciativas social e cívica, da atividade associativa à gestão autárquica.

Ao longo da vida reuniu, estudou e preservou um conjunto assinalável de peças de arqueologia e de arte, que agora partilha em vários núcleos museológicos, como este que vai ser criado em Setúbal.