O evento, anunciado no dia 5, em conferência de imprensa na Casa da Cultura, foi enaltecido pela presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, pela “enorme importância local e nacional, cultural e histórica”.

O congresso, organizado pela autarquia sadina, pelo Centro de Estudos Bocagianos e pela Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão, marca o desfecho das Comemorações dos 250 Anos do Nascimento de Bocage, a decorrer no concelho desde setembro de 2015.

“Porquê um congresso?”, questionou Manuel Augusto Araújo, da comissão organizadora das comemorações, sobre a pertinência do evento, que considera ser uma iniciativa extremamente necessária para fazer justiça ao legado do poeta setubalense.

“Bocage já foi muito estudado, mas nunca os seus estudos tiveram a oportunidade de ser debatidos no imediato. Este é o primeiro passo para se debater Bocage de um modo sistemático”, sublinhou.

“Bocage e o seu tempo, as artes e a sociedade”, “A poesia de Bocage e estilos poéticos”, “Bocage tradutor/traduzido”, “Bocage e mundo da língua portuguesa” e “O legado de Bocage” são as cinco grandes áreas temáticas nas quais se organizam as quase quatro dezenas de intervenções agendadas para os três dias do congresso.

A “grande satisfação” com que o vereador da Cultura, Pedro Pina, acolhe o evento deve-se não apenas ao volume e qualidade de oradores e de palestras com que a iniciativa, de entrada livre, se apresenta ao público, mas também porque “é um momento extremamente importante nas comemorações dos 250 anos de Bocage”.

Relevância, reforçou a presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, que se justifica pelo de facto de permitir construir um “olhar abrangente desde a agitada contemporaneidade do poeta até aos dias de hoje, não menos agitados e perplexos, em que pretendemos relê-lo e compreendê-lo”.

O Congresso Internacional Bocage e as Luzes do Século XVIII conta com as participações de alguns dos principais intelectuais e especialistas na vida e obra de Bocage da atualidade, entre os quais se encontram Daniel Pires, Viriato Soromenho Marques, Cândido Oliveira Martins, Miguel Real, Ernesto Rodrigues, Carlos Fiolhais e Mário Vieira de Carvalho.

“Conto que haja novas perspetivas a ver a luz do dia sobre a vida e obra de Bocage”, assegurou Manuel Augusto Araújo.

Resultado a alcançar através de um processo que o vereador Pedro Pina acredita será “fruto também do confronto de ideias que se quer para este congresso”, confronto, esse, “com raízes no próprio Iluminismo”, rematou.

Participação forma professores

O congresso foi admitido para o plano de formação de professores, sendo que a participação, com um custo de cinco euros por profissional, permite a frequência de um curso de dezoito horas que corresponde a créditos de 0,7 no plano de formação.

O curso, que tem como formadores Álvaro Arranja, Ana Margarida Chora e Daniel Pires, destina-se a profissionais dos grupos 110 do 1.º ciclo do ensino básico, 210 de Português e Francês; 220 de Português e Inglês, 240 de Educação Visual e Tecnológica, 300 de Português, 310 de Latim e Grego, 400 de História, 410 de Filosofia e Psicologia e 600 de Artes Visuais.                                                                                                   

Os interessados em participar devem efetuar a inscrição online, através da ligação https://goo.gl/forms/woEJ5E2xIhPtmOux1.