Num final de tarde de muito calor, com a praia cheia de banhistas, as distinções da Bandeira Azul e de Praia Acessível foram hasteadas na Figueirinha, perto de um painel que contém todas as informações necessárias para os utentes terem um verão em segurança.

É o nono ano consecutivo que a Figueirinha ostenta a Bandeira Azul, um galardão que “confere responsabilidades acrescidas” à Câmara Municipal de Setúbal, que “trabalhou muito, juntamente com outras entidades, para melhorar as condições de usufruto desta zona balnear”, sublinhou a presidente da autarquia, Maria das Dores Meira.

Após ter hasteado o galardão europeu atribuído pela ABAE – Associação da Bandeira Azul da Europa, com a ajuda do capitão de porto de Setúbal, Luís Lavrador, a edil lembrou que a autarquia tem agora a gestão das praias da Arrábida, o que vai permitir “a criação de mais benefícios para os utentes”.

A Bandeira Azul é atribuída anualmente mediante a avaliação dos critérios “informação e educação ambientar”, “qualidade da água”, “gestão ambiental e equipamentos” e “segurança e serviços”.

Implementada à escala europeia em 1987, por iniciativa da Fundação para a Educação Ambiental, com o apoio da Comissão Europeia, a Bandeira Azul está presente em Portugal praticamente desde o início da sua fundação.

O tema “O teu Planeta é a tua terra” definido para a edição de 2017 motiva a realização de diversas ações de sensibilização ambiental ao longo da época balnear, até 17 de setembro.

Estão previstas iniciativas como a “Caça às Beatas”, a 5 de julho, desenvolvida com a APLM – Associação Portuguesa do Lixo Marinho e o Movimento Portugal Sem Beatas, e, a 19 de julho, a ação de sensibilização para o lixo na praia “Não deixes nada para trás!”, em parceria com a APLM.

Quanto à bandeira de Praia Acessível, hasteada na mesma cerimónia, por Maria das Dores Meira e pelo diretor da empresa de transportes TST, Joaquim Pereira, atesta as condições oferecidas pela Figueirinha para receber pessoas com mobilidade reduzida.

A praia está dotada de acessos, instalações sanitárias e estacionamento adequados, bem como de duas cadeiras anfíbias que levam os utentes até à borda de água para tomarem banho.

Sobre a questão das acessibilidades, a nível de transportes, a autarca ressalvou que, “apesar de Galapinhos ser a melhor praia da Europa”, a Figueirinha é uma zona balnear de referência na Área Metropolitana de Lisboa.

“Esta praia recebe milhares de pessoas de toda a região, mas não nos podemos esquecer de que esta serra fantástica condiciona as acessibilidades. Assim, a vinda para a Figueirinha deve ser feita através de transportes públicos”, apelou.

A autarquia conta com o apoio da Secil e dos TST nesta matéria, uma vez que os banhistas podem deixar o carro estacionado na antiga fábrica da cimenteira do Outão e apanhar um autocarro que assegura a ligação entre este local e a Figueirinha, a cada vinte 20 minutos, entre as 09h00 e as 19h30. O preço do bilhete, ida e volta, é um euro.

Além das tradicionais carreiras a partir da estação rodoviária, os TST garantem também este ano a ligação entre a estação ferroviária e a Figueirinha, através de autocarros que partem a cada dez minutos após a chegada de um comboio da Fertagus.

De salientar que foi também inaugurada ontem, à entrada da praia, uma exposição constituída por seis painéis com um total de 26 fotografias do espólio de Américo Ribeiro, que retratam memórias de vivências em Troia e das praias da Arrábida, ao longo do século passado.

“De Troia ao Portinho da Arrábida – Praias de Partida e Chegada” é o título da mostra, que fica patente até ao final da época balnear, a 17 de setembro.