André Martins e Luís Custódio verificaram a evolução dos trabalhos na instalação da rede de saneamento na zona da Mourisca

O presidente da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins, visitou em novembro a obra de saneamento básico em curso na Rua dos Sete Olhos, na Mourisca, destacando tratar-se de uma reivindicação antiga da população que a autarquia está a satisfazer.


“Esta obra é muito importante porque as pessoas já a reivindicam há muitos anos. Nós damos toda a razão às pessoas que têm vindo a reivindicar o saneamento nestas ruas”, afirmou o autarca, referindo-se à empreitada de prolongamento da rede de drenagem de águas residuais domésticas na Rua Baía do Sado e arruamentos adjacentes, iniciada em 13 de novembro e no valor de mais de 110 mil euros.

André Martins afirmou que os executivos da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia de Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra se “comprometeram com as pessoas” de que a obra arrancava em 2023, sublinhando que já “está a decorrer e não vai parar mais, como também foi prometido” pelas autarquias.

“Quando prometemos, gostamos de cumprir. É isso que nós estamos a fazer. São mais alguns meses e finalmente as pessoas que residem aqui, nestas ruas que ligam à Baía do Sado, vão ter saneamento e, naturalmente, a seguir virão os arranjos das vias de circulação.”

O autarca garantiu que os responsáveis não estavam esquecidos da promessa feita aos moradores da zona, adiantando que “havia dificuldades”, mas “os compromissos estão a ser cumpridos”.

O presidente da Junta de Freguesia de Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra, Luís Custódio, considerou que a obra tem “uma importância muito grande”, principalmente no que diz respeito à qualidade de vida das populações, porque “tem a ver sobretudo com a descontaminação dos solos”.

Luís Custódio admitiu que não se sabe em que condições estão as fossas existentes na zona, porque, “ou são devidamente feitas de forma certificada, ou podem criar problemas”, e sublinhou que o saneamento básico é “fundamental” para haver “uma melhor qualidade de vida”.

Além disso, como é necessário despejar regularmente as fossas, o que é caro, notou que a implementação de saneamento básico também representa “um descanso muito grande” para as pessoas, o qual considerou “merecido porque em 2023 já não deviam haver” situações do género.

“Felizmente que esta obra começou”, congratulou-se Luís Custódio, manifestando a convicção de que “até ao final do mandato” a freguesia de Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra “vai reduzir muito o número de pessoas sem saneamento básico”.

Sinalizada no âmbito da iniciativa Ouvir a População Construir o Futuro, a primeira fase da obra de prolongamento da rede de drenagem na Rua Baía do Sado e adjacentes tem um prazo previsto de execução de 90 dias e vai custar 111 mil e 307,33 euros, aos quais acresce a taxa de IVA.

A área em que a intervenção se realiza, na zona nascente do concelho, é uma zona tipicamente rural, com dispersão das habitações e presença de alguma indústria transformadora, que tem rede de distribuição de água há cerca de duas décadas, mas em que a criação de rede de esgotos era uma revindicação antiga da população.

Nesta primeira fase, vão ser dotadas de rede de drenagem a Rua das Quintinhas, que liga à Rua Brejo de Canes, o troço mais a poente da Rua Baía do Sado, junto da Estrada de Santo Ovídeo-Mourisca, e a Rua dos Sete Olhos, situada nesta última zona.

Na Rua Baía do Sado é necessário reformular um troço de coletor existente, para ganhar inclinação no coletor a construir, mas mesmo assim não é possível abranger todas as casas da zona, pois a topografia do local é íngreme e contrária ao sentido do escoamento necessário.

Ali vai ser instalado um troço de coletor possível de construir de forma gravítica, tendo a restante extensão de rede no arruamento de afluir a futuras Estações Elevatórias de Águas Residuais (EEAR), a construir em fases posteriores, conforme identificado em estudo prévio.

Na Rua das Quintinhas vai ser implantado um coletor gravítico numa extensão de 141 metros e executados cinco ramais domiciliários, na Rua Baía do Sado um coletor gravítico com 94 metros e 15 ramais domiciliários e na Rua dos Sete Olhos um coletor gravítico com 38 metros e nove ramais domiciliários.

A intervenção implica ainda a execução de câmaras de visita e o levantamento e reposição de pavimentos, o movimento de terras, o fornecimento e assentamento de tubagem e as ligações às caixas existentes.