O presidente da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins, lembrou, em 24 de fevereiro, que José Raposo é um alentejano que se fez setubalense, com poesia que fala do sentimento de pertença, na apresentação do terceiro livro do poeta, “Rio de Emoções”.
Na apresentação do livro, numa sessão que encheu completamente o Salão Nobre dos Paços do Concelho, o autarca afirmou que a poesia de José Raposo, que nasceu em Santiago do Cacém, mas vive há mais de meio século em Setúbal, oferece “nutrientes essenciais” à alma e reflete “o significado mais profundo do que é ser desta cidade” à beira do Rio Sado.
“José Raposo fez-se setubalense, porque o que conta não é apenas o pedaço de terra em que nascemos. O que conta é o espaço onde crescemos, onde estabelecemos afetos, onde nos fazemos homens e mulheres de corpo inteiro. O que conta são os pedaços de terra em que trabalhamos e para onde vamos em procura de uma vida melhor”, disse.
Depois de sublinhar que a poesia de José Raposo fala “dos ares e das vivências” que sentiu em Setúbal, bem como “do sentido de pertença”, André Martins agradeceu ao poeta “por este livro de poemas sadinos” e por apresentá-lo no Salão Nobre, que “é de todos” e que “nestes 50 anos do 25 de Abril é também a casa da democracia”.
Numa sessão em que também estiveram presentes o vereador da Cultura na Câmara Municipal, Pedro Pina, e os presidentes das juntas de freguesia de São Sebastião e de Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra, Luís Matos e Luís Custódio, o livro foi apresentado por João Completo e pelo escritor e poeta brasileiro Júlio Corrêa – este desde o Rio de Janeiro – autores do prefácio e do posfácio.
“Rio de Emoções”, apresentado numa sessão que incluiu fado e a declamação de poemas, é composto por 122 poemas não editados, agrupados nas sete áreas favoritas de José Raposo na sua abordagem poética – “Quem sou”, “Levei comigo a saudade”, “Amor”, “Minha Cidade”, “Liberdade”, “Labirintos” e “Obrigado poesia”.
