Presidentes da Câmara Municipal, da Junta de Freguesia de S. Sebastião, da comissão administrativa e da assembleia geral da Associação Desportiva e Cultural Os Africanos, André Martins, Nuno Costa, Francisco Sousa e José António Moreno, inauguram sede do clube

O presidente da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins, considerou em 4 de julho que a nova sede da Associação Desportiva e Cultural Os Africanos, inaugurada no bairro da Bela Vista, vai permitir que a coletividade cresça e faça o seu caminho.


“Estamos a apoiar a associação no sentido de que ela faça o caminho para o qual foi criada”, afirmou o autarca na cerimónia de inauguração do espaço cedido pela Câmara Municipal, adiantando que à autarquia cabe “apoiar as coletividades e o movimento associativo ativo”, pois a sua existência “é sinal de uma sociedade dinâmica”, por construir ou ajudar a construir “os caminhos” sociais.

Destacando que as sedes das coletividades são espaços de “convívio, confraternização e solidariedade”, André Martins recordou que tem falado “com várias associações da cidade” e constatou que um conjunto delas “tinha dificuldades” no que diz respeito às instalações.

Por isso, a Câmara Municipal tem procurado “encontrar sedes mais adequadas à dinâmica das associações”, havendo neste momento “dez ou 12 entidades que estão identificadas” como carentes neste aspeto.

Afirmando que “estão identificados alguns espaços”, o presidente da Câmara disse esperar que “dentro de um ano a um ano e meio estejam encontradas as condições” para que aquelas associações possam “desenvolver melhor” a sua atividade.

“Vamos criando as condições para que estas organizações façam o seu caminho e cumpram os objetivos para que foram criadas. Assumimos compromissos, procuramos cumpri-los. Não é fácil, mas penso que a breve prazo podemos entregar outros espaços para que outras organizações possam fazer o seu caminho”, afirmou.

André Martins salientou que a sede representa para Os Africanos, que celebraram 29 anos em 22 de junho, uma possibilidade de “crescer” e de que “os seus sócios tenham um espaço para se encontrarem”, adiantando esperar regressar ali quando a coletividade festejar o 30.º aniversário, para verificar que está “a fazer o seu caminho” por terem sido “criadas as condições” para o poder fazer.

O presidente da Junta de Freguesia de São Sebastião, Nuno Costa, sublinhou que, depois de no passado ter contribuído “para a coesão do tecido social da freguesia e do concelho pelas atividades desportivas e culturais que desenvolveu”, a associação “sofreu vicissitudes”, mas os seus dirigentes “foram resilientes” e agora “recebem um novo impulso”.

Manifestando a disponibilidade da Junta de Freguesia para continuar a apoiar a associação, Nuno Costa desejou que a sede, para a qual esta autarquia também contribuiu com alguns materiais, seja “um impulso para o cumprimento cabal da missão cultural, desportiva e, sobretudo, social” da instituição e que agora esta tenha “uma nova página no seu contributo para a coesão do tecido social da freguesia e do concelho”.

O presidente da comissão administrativa de Os Africanos, Francisco Sousa, disse que a associação, com 285 sócios inscritos, passou “momentos muito difíceis para chegar até aqui”.

Francisco Sousa recordou que, em fevereiro de 2022, numa reunião realizada no âmbito do projeto “Ouvir a População, Construir o Futuro”, André Martins garantiu que o problema de Os Africanos relativo à falta de uma sede social ia ser resolvido. “As coletividades precisam do que o presidente da Câmara Municipal fez: deu a palavra e cumpriu a palavra”, disse, agradecendo o apoio da Câmara e da Junta da Freguesia.

“Ao longo do tempo de Os Africanos, muitas coisas boas foram feitas. Fomos nós que criámos a Festanima, em 2003, com o apoio da Câmara Municipal. Os Africanos têm futuro”, afirmou, adiantando que o espólio da associação vai ser levado para a nova sede e manifestando o desejo de dignificar o clube.

Com duas equipas preparadas para participar no campeonato do INATEL, a Associação Desportiva e Cultural Os Africanos não entra nas competições para vencer, mas “para colocar os miúdos a jogar futebol”, referiu o presidente da comissão administrativa, constituída em 2019 e com 13 membros, salientando a importância deste tipo de clubes para retirar os jovens das ruas e prevenir a delinquência.

“Estes clubes de bairro, mesmo que só tenham 20 pessoas, têm uma missão, que é ocupar essas 20 pessoas”, enfatizou.