A peça, baseada na obra homónima do escritor sueco August Strindberg, de 1901, convida o público a assistir ao desenrolar de um sonho, numa apresentação marcada pela deambulação entre a realidade e o imaginário.

Assente numa narrativa em que a alma humana é dada a conhecer sem rodeios, apresenta sucessivas personagens de um mundo e de sociedades imperfeitas que remetem para os comportamentos inerentes à raça humana, numa liberdade só permitida através dos sonhos.

Em “O Sonho”, a filha de uma deusa desce à Terra para ver os seres humanos e apercebe-se das fragilidades e defeitos. A peça, pautada por um discurso que cruza o racional e o inatingível, põe a nu pequenas misérias humanas e aborda temáticas que permanecem atuais, como a luta operária e a arrogância do conhecimento.

Para dar forma à representação do texto, a produção do TAS foi criada com recurso a vídeo mapping, que utiliza uma dinâmica de imagens ilusória em que realidade e a imaginação ora se confundiram, ora se complementaram.

“O Sonho”, com novas apresentações em dezembro no Fórum Municipal Luísa Todi, tem encenação de Carlos Curto e um vasco elenco, incluindo Duarte Victor, José Nobre, Miguel Assis, Célia David, Sónia Martins e Susana Brito, a par de dois atores amadores selecionados num casting e workshop de formação promovido pelo TAS.