O presidente da Câmara de Setúbal, André Martins, destacou a 23 de março, na abertura da exposição “Resiliência”, na Galeria Municipal do 11, que a cidade se afirma cada vez mais na esfera da criação e promoção cultural.
“Temos em Setúbal vários espaços, como a Galeria Municipal do 11, que criam e proporcionam condições para a divulgação do trabalho de artistas e promoção da cultural”, afirmou o autarca na inauguração da mostra integrada nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, que decorrem em Setúbal com o lema “Venham Mais Vinte e Cincos”.
A violência urbana, por um lado, e a ciência e o misticismo, por outro, estão em destaque na exposição “Resiliência”, um projeto artístico que junta obras de Luís Herberto e Luís Geraldes e que, nesta galeria municipal setubalense, são acompanhadas de dois excertos de poemas de Fernando Pessoa e de Ary dos Santos.
O autarca, que na inauguração esteve acompanhado do vereador da Cultura no município, Pedro Pina, deu nota de que a mostra se apresenta com “duas formas de diferentes expressões artísticas que, contudo, se aproximam no contexto, num desafio ao pensamento crítico e à reflexão introspetiva”.
Luís Herberto, que lançou o desafio de fazer uma “Resiliência” conjunta com Luís Geraldes, destacou o facto de este projeto artístico “fazer parte de um trabalho que explora as revoluções e a resiliência, em diferentes representações de luta contra os sistemas implementados”.
Já Luís Geraldes, que começou por elogiar o espaço da Galeria Municipal do 11 e agradecer o apoio da autarquia ao projeto coletivo, disse que a mostra procura “capturar a intensidade das emoções e o espírito”, promovendo, em simultâneo, “uma introspeção sobre a condição humana na busca de novos caminhos”.
A exposição “Resiliência” inclui seis quadros de Luís Herberto, a maior parte na técnica óleo sobre tela, entre os quais se destaca uma obra com o título “O que faz falta… é malhar na malta! #2”, que evoca a conhecida canção de intervenção de Zeca Afonso para chamar a atenção para a violência urbana.
A mostra, que conta também com dez pinturas de Luís Geraldes, com motivos carregados de simbologia esotérica e científica, igualmente a óleo sobre tela, tem entrada gratuita e pode ser vista até 27 de abril na Galeria Municipal do 11, de terça-feira a sábado das 11h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00.
