Arte urbana pinta A Nossa Casinha

A Alameda das Palmeiras, na zona da Bela Vista, volta a ser tela de arte urbana, com a criação de um mural na empena do edifício de A Nossa Casinha, polo educativo e lúdico para crianças, jovens e idosos.


Um retrato de duas crianças sentadas, uma rapariga sorridente a folhear um livro e um rapaz a brincar com peças lego, transforma A Nossa Casinha, polo de desenvolvimento de atividades destinadas essencialmente a crianças, jovens e idosos, num espaço mais acolhedor e dinâmico.

Produzida por fases na técnica de graffiti nos dias 12, 13, 14 e 15, a pintura, com assinatura da associação artística Riscas Vadias, ocupa toda a empena lateral do edifício da A Nossa Casinha, polo educativo de apoio escolar e atividades lúdicas destinadas a combater o isolamento da população sénior.

A obra, que utiliza perto de uma centena de latas de tinta cedidas pela Câmara Municipal de Setúbal e pela Associação Riscas Vadias, foi pensada pela Comissão de Moradores de Nossa Casinha e, posteriormente, apresentada e aprovada na sessão plenária do 4.º Encontro de Moradores Nosso Bairro, Nossa Cidade.

Com cem metros quadrados de área, a nova tela de arte urbana junta-se aos nove murais criados em 2017 na Alameda das Palmeiras, no âmbito do Cara ou Coroa – Street Art Festival, evento que desafiou artistas portugueses e estrangeiros na pintura de fachadas daquele bairro da cidade.

Os murais pintados em empenas e fachadas de edifícios selecionados da Alameda das Palmeiras abordam diferentes temáticas, desde a relação intergeracional, natureza e igualdade à multiculturalidade própria do programa Nosso Bairro, Nossa Cidade, em desenvolvimento nos cinco bairros da área da Bela Vista.

De destacar que, ao longo dos quatro dias, os moradores participam ativamente no apoio ao trabalho e o público tem a possibilidade de acompanhar de perto a intervenção da associação Riscas Vadias.

Instalada num rés do chão com quatro divisões, cedido pela Câmara Municipal aos moradores da Alameda das Palmeiras, A Nossa Casinha afirma-se como um polo de concentração de diferentes valências culturais e sociais, gerador de novas dinâmicas para os residentes.

A par das atividades realizadas com regularidade junto de crianças e jovens, uma das zonas de convívio existentes no espaço é destinada aos idosos, a ações na área da saúde e a reuniões de moradores. Tudo isto sob a responsabilidade dos munícipes, com o apoio da autarquia.