Manuel Augusto Araújo, assessor para a área da Cultura da Câmara Municipal de Setúbal, conduz uma sequência de cinco colóquios que termina em dezembro, os quais se realizam sempre a partir das 16h00 na Sala José Afonso da Casa da Cultura.

Na conferência do dia 17 foi abordada a atualidade do ensaio de Álvaro Cunhal na ligação da Arte com a Sociedade, relação que o conferencista considera ser inexistente nos dias de hoje, período em que, na ótica de Manuel Araújo, está a ser dada prioridade à vertente comercial no processo de criação artística.

Para demonstrar a contemporaneidade de “A Arte, o Artista e a Sociedade”, Manuel Augusto Araújo abordou todas as teses apresentadas no ensaio, com especial atenção à importância da inovação formal na perspetiva de Álvaro Cunhal.

Os encontros prosseguem nos dias 24 e 30 de novembro e 1 de dezembro. Nestas sessões, igualmente às 16h00, na Casa da Cultura, atores convidados leem trechos do ensaio, a que se segue um período de debate moderado por Manuel Augusto Araújo.

Esta série de iniciativas dedicada a “A Arte, o Artista e a Sociedade” termina a 8 de dezembro, data em que é exibida na Sala José Afonso uma entrevista de Clara Ferreira Alves a Álvaro Cunhal precisamente sobre o ensaio. Um debate encerra o encontro.

O conjunto de colóquios insere-se no ciclo de eventos “Álvaro Cunhal e as Artes”, dinamizado no âmbito do programa comemorativo local do centenário do líder histórico do PCP, organizado pela Câmara Municipal de Setúbal.

O programa evocativo, com início em setembro, incluiu até ao momento várias atividades, como exposições e colóquios, além de iniciativas subordinadas às temáticas “Álvaro Cunhal e o Cinema”, “Álvaro Cunhal e o Teatro” e “Álvaro Cunhal e a Política”.