Na abertura oficial do evento, a presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, salientou que a cidade merecia “um evento voltado para o mar e que ajude na divulgação das potencialidades da região”, seja pelos produtos gastronómicos, seja pelos recursos naturais.

“Estou confiante no sucesso deste evento, que também vai ajudar a colocar Setúbal no mapa”, afirmou a edil setubalense, evidenciando os vários tipos de gastronomia presentes no evento, onde o peixe é rei.

“Estão criadas todas as condições para que outras edições deste evento possam decorrer”, sublinhou Maria das Dores Meira, destacando que a parceria organizativa com a MCG, Produções e Eventos “vai ser excelente no futuro”.

Após a abertura oficial do festival, o presidente da Sesibal – Cooperativa de Pesca de Setúbal, Sesimbra e Sines, Ricardo Santos, dinamizou a palestra “O peixe: produto nobre da Península de Setúbal”. 

“O mar é condição essencial para o desenvolvimento turístico e económico da Setúbal”, salientou Ricardo Santos, explicando que “as mais de 30 milhas de costa de Setúbal, extremamente ricas em plâncton e biodiversidade, fazem do peixe desta região um dos melhores do mundo”.

Ricardo Santos enalteceu ainda a iniciativa, referindo que “os pescadores que estão no mar estão certamente honrados por haver um evento a promover o peixe de Setúbal”.

O primeiro dia do festival ficou ainda marcado pela realização de um showcooking dinamizado chef italiano Flavio Morganti que, utilizando quatro tipos de peixe – dourada, carapau, raia e salmonete – preparou diversos pratos gourmet, muito apreciados pela assistência.

“São pratos de preparação simples, mas que se podem transformar em confeção de alta cozinha”, explicou Flavio Morganti, adiantando que a opção em apresentar iguarias frias surge em virtude da época do ano, que torna mais apetecível a degustação deste tipo de pratos.

Azeite, sal, sumo de limão e manjericão foram alguns dos ingredientes mais utilizados na demonstração culinária, que contou ainda com uma sessão de pintura ao vivo.

O workshop “Os ensinamentos do País do Sol Nascente”, por Luís Barradas e Paulo Morais, foi outra das atividades que decorreu no final do primeiro dia, com demonstrações de cozinha japonesa.

Além da confeção de diversos pratos de sushi, ambos os chefs deram também alguns conselhos sobre a correta confeção e degustação da gastronomia nipónica.

O recinto, localizado na Doca das Fontainhas e com a Baía de Setúbal como cenário, conta com a presença de vários restaurantes e empresas vitivinícolas, onde os visitantes podem apreciar o que de melhor a região tem para oferecer.

Sopa rica de peixe e marisco foi a escolha gourmet de Cristina Laginha para degustação ao jantar. Natural de Setúbal, não pensou duas vezes em visitar o “Viva o Peixe”.

“O espaço é ótimo e muito apelativo para este tipo de evento. O programa, com todas as atividades, é extremamente aliciante”, salientou a setubalense, uma fã confessa de peixe.

Já a irmã, Lucinda Duarte, que seguiu a sugestão de línguas de bacalhau com puré de grão, destacou “o conceito moderno da iniciativa, para divulgar a qualidade do peixe de Setúbal”, acrescentando que “é um orgulho poder ter um evento deste género na cidade. Vou voltar certamente”.

Ostras, confecionadas de diversas maneiras, espetada de lulas com gambas, sushi, tártaro com molho de ouriço, gambas e ovas são algumas das muitas iguarias que podem ser degustadas no festival, animado, na primeira noite, por notas soltas de jazz.

O segundo dia do evento começou pelas 13h30 com a ação “Wine and Cooking”, dinamizada por Sergio Perez, um dos mais conceituados chefs espanhóis da atualidade, e pelo enólogo Luís Lopes.

Na demonstração culinária, Sergio Perez deu primazia à sardinha, peixe que comprou no Mercado do Livramento, elogiando a relação qualidade/preço do produto.

O espanhol surpreendeu ainda o público presente ao utilizar caroços de azeitona para assar as sardinhas, conferindo ao peixe um paladar diferente do habitual. “Esta é uma técnica diferente para confecionar peixe ou carne”, explicou.

A acompanhar Sergio Perez esteve o enólogo Luís Lopes que, consoante as iguarias preparadas, selecionava um vinho adequado. “Como a sardinha é um peixe gordo, sugere-se um vinho mais ácido para manter o equilíbrio sensorial”, referiu.

As entradas para o evento, no valor de cinco euros, conferem a cada visitante um copo de vidro, para saborear a panóplia de vinhos disponíveis. No recinto, os visitantes podem comprar senhas para utilizar nos restaurantes disponíveis, onde os preços da comida variam entre os cinco e os oito euros, custando as bebidas um euro.