As ideias, resultantes de projetos de alunos do Módulo de Especialização do curso de Gestão Hoteleira, na vertente de Restauração e Bebidas, apresentadas no dia 3 na Casa da Baía, estão à espera do apoio de investidores para se transformarem em negócios.

“Queremos ver se é possível chamar a atenção de investidores”, indicou a diretora da Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal, Maria João Carmo, no encontro, no qual estiveram presentes estudantes da Fundação Escola Profissional de Setúbal e da Secundária D. Manuel Martins.

A responsável realçou “o alto nível de criatividade” exibido pelos alunos finalistas, formados num estabelecimento de ensino que considera “um verdadeiro laboratório de inovação”.

Um dos projetos mostrados é da área do agroturismo, com a conceção de um hotel que permite aos clientes participarem em atividades tão distintas como cavalgar na floresta e visitar o património edificado montados num burro. O cultivo de legumes e frutos, com as quais se pode fabricar os próprios doces e compotas, a recolha de leite e fabrico de queijo e mesmo um passeio romântico numa charrete são outras possibilidades sugeridas pelos estudantes Cátia Simões, Rita Vieira e Victor Cantarim.

Uma chávena gigante de café com o tamanho de um contentor de transporte de mercadorias, situado em frente de uma gare, é o modelo idealizado por Marco Soares, Dinis Nobre e Miguel Hoeven para a venda automática de sandes, sopas e bebidas.

Oxigénio aromatizado canalizado diretamente para os quartos é a proposta de Sílvia Machado, Filipa Pinto e Ana Teixeira, num hotel que funciona com base nos princípios da aromaterapia, não só por razões de saúde ou relaxamento, para os quais estão previstos os aromas de camomila e erva-cidreira, mas também para exaltação do romantismo, com recurso à canela, ou até para energizar os clientes utilizando a fragância do café.

Já David Carapeta e Rui Fernandes propõem um restaurante envolvido pela água, a que se alia uma ementa confecionada a partir de produtos regionais, num negócio dirigido a grupos, designadamente para aniversários ou encontros de amigos, entre outros.

O aproveitamento de uma praça de touros para a junção de sabores portugueses e espanhóis foi o ponto de partida encontrado por Alberto Ramos, Inês Antunes, Maria Quaresma e Ivan Figueiredo, com um restaurante em que o gaspacho da Andaluzia rivaliza com o cação à alentejana e o bacalhau com broa e presunto com a paella de choco.

A inovação assenta no repouso e retempero de forças do cliente, num espaço onde só se pode ir com tempo, para desfrutar uma refeição completa que serve também para descansar e apreciar fado, animações teatrais e exposições de pintura.