Jornadas Bienais de Estudos Locais de Setúbal

As primeiras Jornadas Bienais de Estudos Locais de Setúbal realizam-se a 13 de outubro, no auditório do Mercado do Livramento, com a abordagem de temas de interesse relacionados com o concelho, de épocas distintas, numa organização da Câmara Municipal.


O encontro, que decorre de dois em dois anos, procura ser um espaço de reunião para os investigadores e interessados de todas as áreas de estudo que queiram contribuir para o debate, reflexão, democratização e transmissão do conhecimento em torno do território de Setúbal.

Pensar o passado, o presente e o futuro, por via da conjugação de diferentes perspetivas e olhares, incentivar ao estudo, defesa e divulgação dos valores locais e construir um fórum de intercâmbio, aberto a todos, são objetivos da iniciativa.

As I Jornadas Bienais de Estudos Locais de Setúbal, com abertura às 09h30 a cargo do Executivo municipal, incluem quatro painéis.

No primeiro, “Minorias, Assistência e Fé”, com José Luís Catalão na moderação, Beatriz da Silva Felício fala “Do privilégio à expulsão: judeus de Setúbal no século XV” e Ana Cláudia Silveira apresenta “Amarás o teu próximo’: As instituições locais de assistência em Setúbal medieval”.

Integram ainda este painel “O mosteiro de Setúbal e as freiras clarissas: a fundação e a construção de uma comunidade (finais do século XV e inícios do século XVI”, por Márcia de Lima Soares, e “Capelas privadas de Setúbal e Azeitão (séculos XVI a XIX): Uma análise histórica, patrimonial e religiosa”, por Rui Mesquita Mendes.

No segundo painel, intitulado “Atividades Económicas Locais”, em que Leonor Soares modera, Ricardo Fernandes analisa o tema “O sal de Setúbal e as relações comerciais com os Países Baixos durante a segunda metade do século XVII”, enquanto António Serra e Marisa Duarte abordam “Os citrinos setubalenses nas décadas de 50 e 60 do século XIX, segundo dados de J. C. de Almeida Carvalho”.

Ainda neste painel, José Pedro Reis intervém sobre “A indústria sadina na 1.ª República”.

À tarde, no terceiro painel, sobre “Imprensa Periódica, Associativismo e Festividades” e moderado por Diogo Ferreira, o tema “O quotidiano impresso: a relevância da análise de periódicos da segunda metade do século XIX e primeira metade do século XX em estudos locais. O caso de Setúbal” é exposto por Pedro Fernandes e o tópico “População e bairrismo: o São Domingos Futebol Clube e o desporto em Setúbal (1921-1945)” está a cargo de João Santana da Silva e Eupremio Scarpa.

Este terceiro painel termina com “A coleção de ementas de banquetes do espólio Américo Ribeiro”, por Alberto Sousa Pereira.

Além de uma apresentação sobre “Francisco Augusto Flamenco (1852-1915). Um pintor de Setúbal”, por Francisca Ribeiro, o quarto e último painel do encontro, intitulado “Arte, Identidade e Museologia” e moderado por Iris Catralo, inclui as abordagens de Lourenço Morais e Ana Rita Grosso sobre, respetivamente, “O Escritor e a Cidade: de Sebastião da Gama para Setúbal; de Setúbal para Sebastião da Gama” e “O Museu está na Rua’. E agora?”.

As I Jornadas Bienais de Estudos Locais de Setúbal incluem, a 14 de outubro, entre as 10h00 e as 12h00, um passeio a bordo da embarcação Maravilha do Sado.