A relevância e abrangência da LATI – Liga dos Amigos da Terceira Idade na esfera da intervenção e resposta social foram enaltecidas a 22 de março pelo vereador Pedro Pina, da Câmara Municipal de Setúbal, nas comemorações dos 44 anos da instituição setubalense.
Na cerimónia, realizada no Centro Comunitário du Bocage, edifício LATI que acolhe a área de idosos, o autarca agradeceu o trabalho de mais de quatro décadas que esta instituição, com uma “capacidade extraordinária de regeneração e reinvenção”, tem vindo a desenvolver no território junto das populações.
O vereador com o pelouro dos Direitos Sociais na Câmara de Setúbal destacou a missão que acompanha a instituição, desde a génese em 1979, orientada por “princípios muito fortes na construção de respostas e de levar oferta social a territórios que estavam muito vulneráveis e com necessidades”.
Pedro Pina, ao evidenciar que a ação da LATI vai além daquilo que são as respostas sociais, referindo-se à alargada oferta que disponibiliza na área da atividade física, destacou o contributo que esta e outras instituições vão ter nas novas responsabilidades assumidas pelo município na esfera da ação social.
A Câmara, em conjunto com sete entidades e por via de protocolos de colaboração, aprovados ontem em reunião pública camarária, que passam a vigorar formalmente a partir de 3 de abril, passam a assumir responsabilidades no exercício das políticas em matéria de rendimento social de inserção e de atendimento e acompanhamento social.
“Traduz uma reconfiguração naquilo que é a intervenção, não só por parte da autarquia e das responsabilidades que passam a assistir aos municípios, mas, acima de tudo, por parte dos protagonistas para esta função, as instituições, em que se inclui a LATI, que vão garantir essa resposta aos concidadãos.”
A concretização desta nova realidade de trabalho, feita em coordenação com o Centro Distrital de Segurança Social de Setúbal, tem de ser feita, nas palavras do vereador Pedo Pina, com “confiança e compromisso” do Executivo municipal e das instituições que acompanham esta nova tarefa.
“São estas instituições que se substituem tantas vezes às responsabilidades do Estado e que têm sido a garantia de resposta aos mais vulneráveis, sem nunca virarem a cara em momentos mais difíceis, como foram os anos de pandemia ou, mais recentemente, com o agravamento da situação económica.”
O autarca reiterou ainda que a intervenção e resposta social só pode ser feita com compromisso. “É a forma que temos de olhar os desafios que temos pela frente. A LATI é comprometida com a sua missão, com o seu território e freguesia, com todos aqueles que fazem da causa social também uma causa de vida.”
O presidente da direção da LATI, Sertório Herrera, destacou o contributo na esfera da intervenção social e da empregabilidade. “Ao longo dos anos melhorámos as condições de vida de milhares de utentes, de que são exemplo as mais de duas mil pessoas apoiadas na instituição que emprega perto de duas centenas de funcionários.”
Sertório Herrera afirmou que “a razão de existência da LATI são os utentes e a satisfação de necessidades”, motivo pelo qual a instituição se “mantém firme na ação social, saúde, educação, desporto, lazer e cultura, com projetos para a comunidade no apoio a crianças e famílias, em particular os mais desfavorecidos”.
Este responsável apontou ainda a necessidade de reflexão sobre a atual situação económico-financeira. “Mantemos a expectativa de que o Governo implemente novas medidas de apoio às instituições com vista a mitigar o sufocante aumento generalizado dos custos que colocam em causa a sustentabilidade do setor social.”
Para a diretora do Centro Distrital de Segurança Social de Setúbal, Luísa Malhó, a LATI, com uma área de atuação abrangente no território ao longo destes 44 anos, destaca-se pelo “caráter inovador” e por uma atitude de “proximidade, colaboração e atendimento permanente prestados à população”.
A cerimónia, que contou, entre outros convidados, com os presidentes das juntas de freguesia de São Sebastião, do Sado e de Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra, respetivamente Nuno Costa, Marlene Caetano e Luís Custódio, incluiu um momento musical pelo Conservatório Regional de Setúbal.
