O edifício, um antigo moinho de maré com presumida origem no século XVII, funciona como espaço museológico e polo turístico, particularmente orientado para a vertente ambiental e, em especial, a observação de aves.

O espaço está agora muito mais acolhedor, depois de ter sido redecorado e dotado com mais pontos de fruição para os visitantes, nomeadamente zonas de estar, de convívio e de degustação e compra de produtos regionais.

A presidente da Câmara Municipal, Maria das Dores Meira, sublinhou que o Moinho de Maré da Mourisca, “no âmbito da promoção de Setúbal nos certames internacionais, está sempre presente, graças às condições únicas que este espaço oferece à escala europeia para os circuitos pedestres e, especialmente, a observação de aves, mercado turístico em expansão”.

O Moinho de Maré, localizado na Herdade da Mourisca, é propriedade do ICNF – Instituto da Conservação da Natureza das Florestas e funciona atualmente em regime de cogestão com a Câmara Municipal de Setúbal.

“Um modelo próprio e exemplar de funcionamento, numa cogestão que tem sido, de facto, um modelo a seguir”, salientou Maria das Dores Meira.

Com esta parceria tem sido possível “desenvolver um vasto conjunto de atividades, como visitas e passeios, exposições temáticas, ações de formação, workshops e eventos nas áreas da edução e animação ambiental e do turismo de natureza”.

Sofia Castel-Branco, que representou o ICNF na cerimónia de reabertura, enalteceu, igualmente, os excelentes resultados da parceria com a autarquia e destacou “o espaço de eleição que é o Moinho de Maré da Mourisca”, concluindo que “todo o Município está de parabéns”.

Toda a intervenção de requalificação demorou menos de um mês a executar e acabou por transformar o Moinho de Maré quase por completo.

Pinturas, restauros e tratamento de madeiras foram algumas das ações englobadas na obra que capacitou o espaço para acolher, a partir deste momento, uma panóplia mais alargada de eventos e iniciativas.

O decorador setubalense João Maria, que idealizou a reformulação do espaço, salientou no final da cerimónia de reabertura a importância de “fazer as pessoas sonhar”, acrescentando que foi “um verdadeiro desafio tornar um espaço que já era excecional em algo ainda mais apelativo do ponto de vista turístico”. Objetivo que considera ter sido “alcançado”.

Uma nova zona de cafetaria, reaproveitamento da mezzanine, instalação de um passadiço de madeira, iluminado e decorado com esculturas de Pedro Marques, e beneficiações gerais, exteriores e interiores, em combinação harmoniosa de madeiras, pedra e argamassa, são mudanças que formam o renovado Moinho de Maré da Mourisca.

As alterações incluíram, ainda, a requalificação ambiental do próprio edifício, agora dotado uma unidade fotovoltaica, de autoconsumo, que converte energia solar em energia elétrica, além de novos sistemas de iluminação LED, com redução de cerca de 80 por cento no consumo energético.

A execução de todas estas intervenções contou com o apoio direto das juntas de freguesia do Sado e da Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra.