Carla Guerreiro, vereadora da Câmara Municipal, e Celestina Neves, presidente da Junta de Freguesia de Azeitão, colocaram coroas de flores na base do monumento, localizado na Praça da República, durante a evocação, a que assistiram ainda representantes da Associação Sebastião da Gama.

A vereadora Carla Guerreiro sublinhou que a Câmara Municipal “associa-se a esta homenagem e pretende fazê-lo sempre” porque Sebastião da Gama “faz parte da história da cidade”.

A deposição de flores é uma das iniciativas de um programa comemorativo organizado pela Câmara Municipal, pela Associação Cultural Sebastião da Gama e pela Junta de Freguesia de Azeitão, para assinalar o 92.º aniversário do poeta e pedagogo natural de Azeitão, falecido prematuramente, aos 27 anos.

O programa contou igualmente com um concerto evocativo pelo Coro Setúbal Voz, realizado no dia 9 à noite, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, com a interpretação de 11 temas, num reportório do clássico ao fado.

O novo Coro Setúbal Voz, fundado este ano, é composto por cerca de três dezenas de coralistas, orientados pela maestrina Gisela Sequeira.

O programa comemorativo do 92.º aniversário do poeta azeitonense reserva ainda entrega de prémios do concurso literário “Arrábida Poesia”, no dia 16, às 15h00, no Museu Sebastião da Gama, a que se segue, às 16h00, um roteiro de poesia com a declamação de poemas em vários pontos de Vila Nogueira de Azeitão, atividade dinamizada em parceria com a Casa da Poesia de Setúbal.

No dia 30, às 15h30, no Museu Oceanográfico, no Portinho da Arrábida, é promovida a palestra “Sebastião da Gama e a Serra-Mãe”, por João Ribeiro, iniciativa desenvolvida em parceria com o Parque Natural da Arrábida.

Sebastião Artur Cardoso da Gama nasceu em 10 de abril de 1924, em Vila Nogueira de Azeitão, tendo completado a licenciatura em Filologia Românica em 1947 na Faculdade de Letras de Lisboa.

“Serra-Mãe”, de 1945, foi a primeira obra do poeta editada em vida, seguindo-se “Cabo da Boa Esperança”, de 1947, e “Campo Aberto”, 1951.

No dia 7 de fevereiro de 1952, Sebastião da Gama morre, com apenas 27 anos, vítima de tuberculose renal, doença que sofria desde a adolescência.