Casa Bocage

A exposição “Como um Rio Sem Correr”, que propõe uma dialética entre duas narrativas distintas de observação, é inaugurada a 27 na Casa Bocage, com mais de uma dezena de fotografias e de trabalhos de artes plásticas.


“Como um Rio Sem Correr”, do poema de Fernando Pessoa “Sabes quem sou? Eu não sei”, é o verso inspirador para a criação artística de Ivo Rodrigues e Joanne Hovenkamp, que, através de mais de uma dezena de fotografias de trabalhos com recurso a fabricação digital, mostram aos visitantes a natureza como um bem precioso.

“A urgência manifestada por todo o mundo em mudar o modo como tomamos esta natureza como garantida e a chegada a um ponto de não retorno em termos de impacte ambiental demonstra a importância do tema”, refere a dupla de artistas da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa sobre a mostra a inaugurar a 27, às 18h00.

Além de um conjunto de gravações a laser sobre folha de algodão da autoria de Ivo Rodrigues, esta exposição, que poderá ser vista gratuitamente na Casa Bocage até 14 de março, inclui ainda várias fotografias de Joanne Hovenkamp, entre elas “Natureza morta”, “Memória” e “Natureza naturans”.

Após um período no estrangeiro dedicado à culinária, Joanne, 30 anos, regressou a Portugal há cerca de dois anos, dedicando-se atualmente a registos fotográficos e à agricultura biológica em Vila Nova de Poiares, Coimbra, onde reside.

Já Ivo Rodrigues desenvolve a sua linguagem estética numa constante procura formal de representação da natureza, recorrendo a tecnologias de produção digital.

“Como um Rio Sem Correr”, uma organização da Câmara Municipal de Setúbal, pode ser apreciada até dia 14 de março, de terça a sexta-feira das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30 e aos sábados entre as 14h00 e as 18h00.