A elaboração da candidatura, que será entregue à Unesco até ao final de 2010, é feita em estreita articulação com os municípios de Setúbal, Palmela e Sesimbra e o ICNB no que concerne à componente científica, técnica e processos administrativos decorrentes.

“Trata-se de uma candidatura enriquecedora, robusta e integrada para o desenvolvimento regional”, referiu a diretora do Departamento de Gestão de Áreas Classificadas do Litoral de Lisboa e Oeste do ICNB, Sofia da Silveira.

Na cerimónia, que decorreu na Pousada do Castelo de Palmela e contou com a presença dos autarcas dos municípios envolvidos na candidatura, a presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, enalteceu “o importante passo” realizado, no âmbito de um trabalho iniciado em 2001.

“O protocolo hoje assinado revela uma importância que passa as fronteiras da região e do País”, assinalou a autarca setubalense, que considera a elaboração da candidatura “um motivo de orgulho e um percurso que é de todos”

Maria das Dores Meira frisou ainda que o facto de Setúbal “ter uma das mais belas baías do mundo” vem “complementar a candidatura da Arrábida a Património Mundial”.

Já a presidente da Autarquia de Palmela, Ana Teresa Vicente, sublinhou que a candidatura da Arrábida à Unesco afigura-se “um desafio para os municípios na preservação e valorização do conjunto de riquezas existentes” na região.

A Arrábida, incluída desde 2004 na lista indicativa portuguesa da Unesco, “reúne todos os requisitos” para ser classificada de Património Mundial e “terá condições de sucesso”, salientou o presidente da AMRS, Alfredo Monteiro.

Com valores geológicos, florísticos, faunísticos, e paisagísticos locais únicos, complementados com testemunhos materiais de ordem cultural e histórica, a candidatura vai representar ainda “o rosto dos valores sociais de uma região”, sublinhou Alfredo Monteiro.

Já o presidente da Autarquia de Sesimbra, Augusto Pólvora, reforçou a ideia de que a Arrábida “é um local cheio de história, desde os tempos mais ancestrais até à atualidade”.

O protocolo rubricado, que define que o processo de candidatura da Arrábida a Património Mundial, cuja responsabilidade e interlocução com a Unesco será da AMRS, aponta igualmente “a promoção do envolvimento de todos os agentes regionais, desenvolvendo a candidatura da Arrábida a Património Mundial enquanto elemento do projeto de desenvolvimento regional”.