O complexo resulta de um contrato de concessão da Câmara Municipal à CFS Acticonstroi, que tem os direitos de exploração da nova infraestrutura durante os próximos vinte anos.

A construção do equipamento e o respetivo investimento foram assumidos pela empresa, que tem ainda a responsabilidade de pagar à Autarquia, até ao fim do período contratualizado, um valor total de 300 mil euros pela concessão.

O concessionário fica também responsável pelo pagamento de uma percentagem sobre o total de receitas geradas pelos serviços prestados pelo equipamento, resultante da tabela de preços, sujeita a aprovação da Autarquia e da Assembleia Municipal.

O novo complexo, inaugurado no Dia de Todos-os-Santos, na presença de várias personalidades locais, é constituído por dois edifícios e é o primeiro no concelho a permitir cerimónias fúnebres de cremação.

No edifício principal encontram-se o forno crematório, instalações sanitárias, uma sala para crianças e outra designada de “Última Despedida”, além do “Jardim das Cinzas”, espaço ajardinado no exterior onde se pode optar por depositar as cinzas dos entes queridos.

Este edifício do Complexo Fúnebre de Setúbal, localizado logo após a entrada do Cemitério da Paz, inclui ainda salas de velação, disponíveis não apenas para as cremações, mas também para qualquer outra cerimónia fúnebre.

“A abertura deste complexo funerário representa, para os setubalenses, inegável progresso, evitando que tenham de se deslocar para fora do concelho em momentos particularmente difíceis e de grande dor”, sublinhou a presidente da Câmara Municipal, Maria das Dores Meira.

O edifício destinado às cremações inclui ainda serviços de marmorista, florista e de cafetaria.

A segunda estrutura do Complexo Fúnebre de Setúbal, localizada nas imediações do Cemitério da Paz, é constituída por um forno pirolítico destinado principalmente a animais, tanto de origem doméstica, como selvagem.

Guilherme Gomes, da CFS Acticonstroi, salientou que a inauguração da obra representou um momento “muito ambicionado por todo o concelho” e endereçou um “agradecimento especial à Câmara Municipal, que foi sempre o principal parceiro do projeto, com um papel extremamente importante principalmente em matéria de fiscalização”.

Maria das Dores Meira adiantou que a demora na construção do novo complexo se deveu à conjuntura de crise que o País está a atravessar “e a que a empresa concessionária, como tantas outras de norte a sul, também teve de enfrentar e se adaptar”.

A autarca garantiu que para o novo Complexo Fúnebre de Setúbal entrar em funcionamento “só falta ligar, testar e ensaiar os fornos”.

Maria das Dores Meira recordou ainda na cerimónia de inauguração que está prevista para breve a “reabilitação da capela do Cemitério de Nossa Senhora da Piedade”, uma intervenção também a cargo da CFS Acticonstroi, que “faz parte do caderno de encargos do contrato de concessão” do Complexo Fúnebre de Setúbal.