Encontro Pela Paz - conferência de imprensa

Contributos para construção de uma comunidade mais pacífica foram partilhados em Setúbal em conferência de imprensa que serviu igualmente para anunciar a nova data do Encontro Pela Paz, inicialmente previsto para 30 de maio de 2020 e que será a 5 de junho de 2021.


Na conferência de imprensa de apresentação do Encontro Pela Paz 2021, realizada a 29 de maio, uma iniciativa conjunta da Câmara Municipal de Setúbal e do Conselho Português para a Paz e Cooperação, a presidente da autarquia, Maria das Dores Meira, sublinhou que a construção da paz e de uma vivência comum é um trabalho contínuo e permanente.

“A paz constrói-se primordialmente antes das guerras, constrói-se por antecipação nas cidades com oferta cultural e desportiva de qualidade, com urbanismo sustentável e com regras de segurança que se façam respeitar com proporcionalidade”, acentuou.

Uma construção que, afirmou na conferência realizada no Salão Nobre dos Paços do Concelho, não pode ser feita na “artificial imposição e valorização das diferenças entre homens e mulheres”.

Maria das Dores Meira reforçou que a paz se constrói “nas cidades com a recusa ativa das ideias dos que fazem do medo do outro o principal trunfo político e partidário”.

Setúbal, evidenciou, está fortemente comprometida com a defesa da paz, de que é exemplo a adesão ao Movimento dos Municípios pela Paz, a consequente subscrição dos seus princípios e compromissos pela paz, assim como a realização do Encontro pela Paz 2021.

A presidente do Conselho Português para a Paz e Cooperação, Ilda Figueiredo, anunciou que o Encontro Pela Paz vai realizar-se a 5 de junho de 2021, no Fórum Municipal Luísa Todi, tendo como objetivos centrais a promoção da mobilização e intervenção em defesa da paz e pela rejeição do militarismo, da corrida aos armamentos e da guerra.

“Setenta e cinco anos depois de encerrada a mais mortífera guerra contemporânea”, a II Guerra Mundial, a presidente da Câmara Municipal, Maria Dores Meira, salientou ainda que “é imperioso o trabalho contínuo e diário para manter a paz no quotidiano e para a levar onde ela escasseia”.

A conferência de imprensa, que garantiu a segurança dos participantes, sentados em cadeiras distanciadas, em cumprimento das recomendações da Direção-Geral da Saúde, contou com depoimentos de personalidades de vários quadrantes da sociedade.

O presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Santos, em representação do Movimento dos Municípios Pela Paz, apresentou, à semelhança de Maria das Dores Meira, razões pelas quais a preservação da paz e a solidariedade entre os povos deve ser uma preocupação de todos, dando o exemplo da luta contra a Covid-19.

“Os municípios portugueses estão a demonstrar, nesta batalha contra a Covid-19, que têm sido, ao longo de 46 anos, as principais forças de paz, de defesa e de valorização da vida humana nos seus territórios e também fora deles”, afirmou o autarca.

Além do trabalho dos municípios, Joaquim Santos deixou uma palavra ao Serviço Nacional de Saúde, que apontou como uma grande conquista de Abril. “Se não tivéssemos um serviço de saúde organizado, que trabalha em prol de todos os cidadãos, esta pandemia teria efeitos ainda mais nefastos.”

Para a diretora da Obra Católica Portuguesa das Migrações, Eugénia Quaresma, “os imigrantes e os refugiados são os primeiros a denunciar o que significa a falta de paz em vários países”, concluindo com um incentivo: “Pela Paz, todos não somos de mais.”

Os municípios de Setúbal e de Loures, a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional, a Confederação Portuguesa das Coletividades de Cultura, Recreio e Desporto, a Federação Nacional de Professores, a Juventude Operária Católica, o Movimento Democrático de Mulheres, o Movimento Municípios pela Paz, o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente, a Obra Católica Portuguesa de Migrações e a União de Resistentes Antifascistas Portugueses são as onze entidades que aderiram ao Encontro Pela Paz.