Em carta enviada no dia 7 ao ministro do Ambiente, a presidente da autarquia, Maria das Dores Meira, vinca que tomou conhecimento do caso “através de notícia divulgada pela RTP1”.

Segundo a informação avançada pelo canal televisivo, depois das cerca de 2700 toneladas de resíduos que já estão em Setúbal, é esperada a vinda de mais lixos com a mesma origem para serem depositados no CITRI – Centro Integrado de Tratamento de Resíduos Industriais.

“Conclui-se a partir da referida notícia que a Agência Portuguesa do Ambiente, entidade responsável pela autorização destes movimentos, não informou a Inspeção-Geral do Ambiente sobre esta operação”, assinala a autarca na missiva.

Maria das Dores Meira manifesta ao ministro do Ambiente a preocupação “com a forma como este processo está a ser tratado, sem que tivesse havido qualquer comunicação prévia à autarquia destes movimentos”.

Assim, perante a “ausência de informação”, a autarca solicita esclarecimentos “com urgência”, nomeadamente quanto ao acompanhamento que está a ser feito pelo Ministério do Ambiente.

A Câmara Municipal de Setúbal quer ainda apurar que análises foram efetuadas e quais os resultados, que tipo de resíduos são e qual a razão de Portugal se ter disponibilizado a recebê-los.

A autarquia aguarda um esclarecimento “rigoroso e claro” do Governo sobre este assunto.