Pedro Soares, da Experimentáculo, associação que organiza o evento com o apoio da Câmara Municipal, confessa estar “muito satisfeito” com os resultados da edição deste ano do certame, que decorreu, em Setúbal, entre 20 e 30 de junho.

“As expetativas foram claramente superadas. Apareceu muito mais público. Embora ainda nos falte apurar os números exatos, é possível adiantar que passaram pelo FUMO claramente mais de mil pessoas”, adianta.

O concerto dos Mão de Morta é um dos exemplos do êxito da terceira edição do FUMO. A atuação de apenas uma hora foi prolongada em bem mais de trinta minutos para que o grupo de Braga, pela primeira vez em Setúbal em 28 anos de carreira, pudesse satisfazer o muito público presente nos claustros do Convento de Jesus.

Para Pedro Soares, o sucesso de 2012 está em boa parte relacionado com o cartaz do festival. “Além dos Mão Morta, que trouxeram muita gente de fora do Concelho, como Lisboa e Oeiras, houve também muita procura para os espetáculos de Mazgani e The Legendary Tigerman com Rita Redshoes”, constata.

O festival setubalense destaca-se por levar eventos musicais e cinematográficos a locais tradicionalmente pouco relacionados com estas vertentes artísticas.

Durante o FUMO realizaram-se sessões de cinema em espaços como a Casa Bocage e concertos no Museu do Trabalho Michel Giacometti ou no Convento de Jesus.

A simbiose entre música e cinema pretendida com o festival esteve bem patente, por exemplo, na participação de Tigerman e Rita Redshoes, que tocaram ao vivo a banda-sonora do filme “Estrada Palha”, de Rodrigo Areias.