Bombeiros apagam incêndio em veículo elétrico

O Adjunto Técnico do Comandante da Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal, David Domingues, vai apresentar a 26 de maio, numas jornadas técnicas em Madrid, Espanha, o guia de intervenção operacional em acidentes com veículos híbridos e elétricos que elaborou.


David Domingues, engenheiro eletrotécnico de formação, elaborou recentemente um guia de intervenção operacional com fichas e protocolos de atuação, o qual já foi comparado a outros existentes no espaço europeu e tem recebido os maiores elogios dos bombeiros de Espanha.

Este trabalho do Adjunto Técnico do Comandante da Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal tem sido considerado pelos responsáveis espanhóis melhor e mais completo do que o guia de intervenção da Brigada de Incêndios de Paris e já foi colocado à disposição dos bombeiros de toda a Espanha.

A Associação Espanhola de Luta contra o Fogo (ASELF) vai realizar no dia 26 de maio a Jornada de Intervenção em Incêndios de Veículos Elétricos e Híbridos, na Escola Nacional de Proteção Civil, em Madrid, e convidou David Domingues para fazer a apresentação do seu trabalho.

Segundo David Domingues, os principais desafios que os veículos elétricos e híbridos colocam aos socorristas têm a ver com o facto de haver cada vez mais automóveis deste tipo no mercado, o que aumenta as probabilidades de haver acidentes que os envolvam.

O Adjunto Técnico do Comandante da Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal identifica quatro riscos nas operações de socorro em caso de acidente, começando pelo risco elétrico no contacto com o veículo e pelo perigo de atropelamento do socorrista, se o automóvel, que é silencioso, não tiver sido corretamente desativado e o condutor carregar inadvertidamente no acelerador.

O terceiro risco está associado às baterias de alta tensão que equipam os veículos híbridos e elétricos e, finalmente, o quarto acontece em caso de incêndio, porque a quantidade necessária de água para o extinguir e o tempo necessário para o conseguir “são muito superiores” ao dos automóveis a combustão interna.

“É necessário levar água, porque em 10 minutos gastam-se logo 5.000 litros”, disse David Domingues, adiantando que um incêndio com um veículo eletrificado pode demorar algumas horas a ser extinto.