A obra, apresentada no âmbito do ciclo de encontros com autores “Muito Cá de Casa”, promovido pela autarquia numa parceria com o atelier DDLX, retrata os 19 meses entre 25 de abril de 1974 e 25 de novembro de 1975, período que abarca o denominado PREC – Processo Revolucionário em Curso, que Setúbal atravessou de forma intensa.

Albérico Afonso Costa explicou que Setúbal foi protagonista de alguns dos mais importantes momentos da história portuguesa e que, nesse sentido, o livro ganha particular relevância uma vez que aborda as razões pelas quais o rastilho que fez explodir a revolução foi acionado tão rapidamente na cidade.

A obra, o culminar de uma investigação realizada durante três anos, foi lançada em sessão comentada pelo historiador Fernando Rosas e na qual participaram o vereador da Cultura da Câmara Municipal de Setúbal, Pedro Pina, e José Teófilo Duarte, do atelier DDLX.

Para Fernando Rosas, “Setúbal, Cidade Vermelha (1974-1975)” é um contributo que ajuda perceber, através de um estudo da história local, os destinos da revolução no país. Acrescentou que a cidade sadina foi uma espécie de laboratório social e político da revolução.

Já o vereador Pedro Pina congratulou mais um trabalho de investigação do autor sobre a história de Setúbal e que, nesta investigação, demonstra que Setúbal, então um concelho com problemas sociais crescentes, a viver uma industrialização recente, se entregou incondicionalmente à revolução.

O novo livro Albérico Afonso Costa, autor que já escreveu sobre outras épocas da história local, localizadas entre 1248 e 1933, tem 335 páginas e foi editado com apoio da Câmara Municipal e do Instituto Politécnico de Setúbal. Possui uma cronologia que auxilia o leitor na identificação de datas que registam episódios relevantes.