A vida e obra de Fausto Gonçalves, que nasceu em 1899 e morreu em 1977, são reveladas numa mostra documental composta por dez painéis, bem como por alguns exemplares de publicações em que o homenageado trabalhou.

A exposição está patente na Biblioteca Pública Municipal de Setúbal, localizada na Avenida Luísa Todi, até 19 de outubro, de segunda a sexta-feira das 09h00 às 19h00 e aos sábados das 14h00 às 19h00.

Após a inauguração da mostra, produzida pela Biblioteca-Museu República e Resistência e que esteve patente em Lisboa no âmbito de uma série de iniciativas, decorreu a conferência “Fausto Gonçalves o jornalista, o líder sindical e o militante partidário”.

Na sessão, com a duração de cerca de uma hora e conduzida por Maximiano Gonçalves, especialista em comunicação, foram abordados alguns dos aspetos mais relevantes do percurso profissional, político e sindical de Fausto Gonçalves, assim como curiosidades da sua vida.

A conferência contou com as participações de João Reis Ribeiro, da Associação Cultural Sebastião da Gama, de Luís Leitão, da central sindical CGTP, e de Jorge Guerreiro, em representação da Câmara Municipal de Setúbal.

A exposição e a conferência evocativas de Fausto Gonçalves, promovidas pela Câmara Municipal de Setúbal e pela Associação Cultural Sebastião da Gama, assinalam igualmente o 103.º aniversário da Implantação da República.

Fausto Gonçalves, natural de Tomar, trabalhou em vários títulos da imprensa, como o setubalense “Alvorada”, de que foi fundador e diretor, o “Notícias de Coimbra” e “O Tempo”, entre muitos outros, onde se bateu pela defesa dos trabalhadores e pela luta contra a ditadura.

Foi um dos fundadores, em 1919, da Federação Maximalista Portuguesa, antecessora do Partido Comunista Português.