O Arquivo Municipal de Setúbal acolheu na manhã de 25 de março a visita guiada “Um Arquivo em Movimento”, que mostrou as áreas temáticas deste serviço, os espaços normalmente não acessíveis ao público e os procedimentos utilizados na preservação documental.
Nesta ação, integrada na programação municipal m@rço.28, dedicada ao Mês da Juventude, foi também dada a conhecer a pouca documentação que sobreviveu ao incêndio que, na noite de 4 para 5 de outubro de 1910, na implantação da República, destruiu os Paços do Concelho, onde o arquivo funcionava, até à que foi concebida e guardada desde então.
Foi dada uma nota inicial aos participantes acerca da riqueza, diversidade e unicidade do que está à guarda do Arquivo Municipal, como os registos em papel, que podem ir de plantas urbanísticas a licenças de utilização várias, às memórias orais, aos registos fotográficos e, até, a equipamentos vários, como máquinas fotográficas
As memórias orais constituem os fundos documentais que dão conta da historicidade setubalense, contadas pelos próprios acerca das suas vidas na comunidade. Nelas são relatadas, por exemplo, as profissões tradicionais ligadas ao rio Sado e à Serra da Arrábida.
Na visita, realizada mediante inscrição prévia, foi destacada a importância do acervo municipal para a memória coletiva, que importa preservar para que a sociedade seja mais informada, permitindo a tomada de melhores decisões.
Os visitantes puderam ainda conhecer os processos de digitalização de plantas e livros de atas das reuniões públicas, nos quais a principal preocupação assenta no bom manuseamento destes exemplares únicos e irrepetíveis, pois importa manter a integridade do documento.
Por fim foram mostrados jogos tradicionais populares, entre os quais o jogo da malha, em equipamentos habitualmente utilizados nas atividades formativas dirigidas aos mais novos, que são parte da missão do Setor de Animação e Promoção da Câmara Municipal, em estreita colaboração com os estabelecimentos de ensino do concelho.
Entre os visitantes esteve Sara Pereira, estudante de pós-graduação em bibliotecas e arquivos, que destacou ter ficado a conhecer “a parte processual do tratamento arquivístico”, bem como a disponibilidade da equipa presente na ação para responder às questões colocadas.
Jon Kerr, cidadão norte-americano reformado, que há um ano optou por viver em Setúbal, mostrou-se impressionado por no Arquivo Municipal conseguir obter informações muito importantes e únicas acerca da história local, salientando igualmente o rigor dos métodos adotados.
