Apresentação do diagnóstico da Cultura de Setúbal | vereador da Cultura, Pedro Pina

O diagnóstico do setor cultural em Setúbal foi apresentado no dia 30 de junho, no âmbito da elaboração do Plano Estratégico de Cultura Setúbal 2030, num perfil que resultou do contributo de mais de sete centenas cidadãos.


Numa sessão pública realizada no Cinema Charlot – Auditório Municipal, que contou com as boas-vindas dadas pelo vereador da Cultura da Câmara Municipal de Setúbal, Pedro Pina, foram partilhados os resultados de um trabalho exaustivo de recolha de opinião de cidadãos e profissionais ligados ao setor sobre os pontos fortes e eventuais lacunas da oferta cultural existente no concelho.

A apresentação foi conduzida por Manuel Gama, responsável pela coordenação científica do diagnóstico, elaborado pelo Observatório de Políticas de Ciência, Comunicação e Cultura, do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho, entidade que está a elaborar o Plano Estratégico Municipal de Cultura Setúbal 2030.

“Um número muito interessante para nós é o 736. Este foi o número de pessoas envolvidas neste processo [de diagnóstico], desde inquéritos, entrevistas, grupos de discussão, visitas de campo e encontros com o associativismo”, destacou o investigador.

Os dados exaustivos entretanto recolhidos durante o processo de diagnóstico e que vão estar disponíveis publicamente na Internet, “vão permitir trabalhar agora na versão zero do Plano Estratégico”, sublinhou Manuel Gama.

O investigador realçou, igualmente, que “o trabalho até agora desenvolvido é para o território, mas, principalmente, parte do próprio território, através das pessoas e agentes que constituem este mesmo território”.

O diagnóstico resulta da recolha de dados que demonstram a perceção da população e agentes locais com atividade no setor cultural das dinâmicas culturais em Setúbal.

Os contributos refletem, por exemplo, sobre as políticas culturais municipais desenvolvidas na última década, a mediação cultural e os públicos da Cultura no concelho e a perceção existente do projeto “Setúbal: Cultura Sem Barreiras”, no âmbito do qual o Plano Estratégico está a ser desenvolvido.

O diagnóstico recolheu, igualmente, opiniões de quais os caminhos que a política cultural municipal deve seguir nos próximos dez anos, assim como perspetivas que identifiquem necessidades transversais e específicas de públicos e agentes culturais nas dinâmicas atualmente em prática em Setúbal.

Os dados obtidos traçam um perfil do público setubalense, como as atividades culturais mais cativantes, espaços mais procurados ou respeitados pelo simbolismo que representam no imaginário coletivo, formas e hábitos de deslocação para os eventos, fontes de informação mais usadas para conhecer a agenda cultural local e, inclusivamente, o envolvimento do público setubalense em eventos realizados fora do concelho.

Devido à extensão, complexidade e qualidade dos resultados obtidos com a elaboração do diagnóstico realizado, será feita nova apresentação desta ferramenta de investigação, com data ainda a agendar.

A Câmara de Setúbal conta apresentar a primeira versão do Plano Estratégico Municipal de Cultura Setúbal 2030 até ao final deste ano.